quinta-feira, 28 de maio de 2009

Elas tocam jazz?


O amigo Lester, arauto da presença feminina no jazz, sempre traz alguma novidade para o nosso universo - chauvinista por excelência. Eu, seguindo o amigo, resolvi trazer a esse espaço uma jovem baixista australiana, dona de uma pegada firme. O nome da moçoila: Tal Wilkenfeld.

Mas, se os amigos perguntarem "ela toca jazz?", serei forçado a lançar mão da boa e velha vaselina para introduzir meu argumento. O lance é o seguinte - se vocês acharem que fusion jazz/funk/rock é jazz, então a resposta é sim. É isso que está gravado no disco Transformation, de 2007. Eu, cá com meus ouvidos, chamo de, no máximo, smooth jazz (aquele lance que toca nas salas de espera de alguns dentistas). Devo admitir, porém, que ela faz o serviço direitinho. Competente, a garota.

A menina, a Tal Wilkenfeld, nascida em 86, é chegada numa coisa mais eletrificada. Sua escola remonta a Pastorius. Seu som lembra Spyrogira, Yellow Jacquet e adjacências. Vocês ficarão de boca aberta se analisarem o seu currículo de perto. Apesar da pouca idade, ela já tocou com Herbie Hancock, Jeff "Tain" Watts, Wayne Shorter, The Wayne Krantz Trio, Chick Corea, Jeff Beck e mais um monte de gente.

Ouçam alguma coisa ali no podcast do jazz contemporâneo

O link: Here!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Thad Jones

Mantenhamo-nos na segunda metade da década de 50. Período no qual é possível conseguir, sem esforço, excelentes gravações de jazz. Uma delas é The magnificent Thad Jones v. 3 (infelizmente, eu não possuo os volumes 1 e 2, que, se forem como o 3, devem ser um petisco e tanto). O lp foi gravado em 56 (uma faixa - I've got a crush on you, a quinta do disco) e em 57 (as quatro primeiras faixas).

Vocês encontrarão nesse disco uma bela demonstração de sensibilidade, sutileza e habilidade técnica dos músicos envolvidos. Thad Jones está com um sopro sublime em todas as sessões. O seu trompete é daqueles que fazem a gente ouvir o disco diversas vezes, sem cansar. A sessão de 57 conta com Benny powell (trombone), Gigi Grice (sax alto), Tommy Flanagan (piano), George Duvivier (baixo) e Elvin Jones (bateria). Meus amigos, que conjunto, que dinâmica, que som! É time para impor respeito. A sessão de 56 foi gravada com, além de Jones, o pianista Barry Harris, com o baixista Percy Heat e com o baterista Max Roach.

O que mais dizer? Dêem uma chegadinha ali no podcast Quintal do Jazz, ouçam e me digam o que acharam.

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sábado, 23 de maio de 2009

Shelly Manne e a Família Buscapé

Retornemos aos velhos tempos.


Quem se lembra da família Buscapé? É, isso mesmo, Li'l Abner, o cartoon que o genial Al Capp criou me 1934 e publicado no Brasil como a família Buscapé. Eu, cá com meus botões, me lembro com saudades das curvas sinuosas de Daisy Mae. Beleza!


O sucesso dos caipiras foi tanto que eles mereceram produções na Broadway e outras em Hollywood. Mas o trabalho que me interessa no momento foi aquele produzido pelo seu, pelo meu, pelo nosso grande baterista Shelly Manne e seus amigos Previn e Vinnegar: Em 1957, o trio gravou nove temas da trilha sonora do musical da Broadway dando o devido trato jazzístico. O resultado, como é de se esperar das produções da trupe de Manne, é muito bom.


Vocês podem conferir ali no podcast Quintal do Jazz.


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Esse post é dedicado ao pianista carcamano radicado em Vitória, il signore Turi Collura

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Taylor Eigsti


Ainda envolvido em minhas buscas de novos pianistas (proposta de Érico Cordeiro), encontrei uma figurinha interessante. Aproveito para dedicar esse post aos meus jovens colegas pianistas Bruno Venturim e Túlio Busatto, que, vez e outra, permitem-me alguns momentos de diversão ao acompanhá-los nas noites vitorianas.


Não pude não ficar impressionado com a performance do jovem pianista Taylor Eigsti. Parece que o moleque nasceu em cima de um piano. Ele tinha apenas 21 anos quando, em 2006, gravou o disco Lucky to be me. Mas, não se espantem, o garoto já havia gravado quando tinha apenas catorze (com Dan Brubeck, filho do pianista Dave).


Em Lucky to be me, Eigsti escolheu Giant steps, de Coltrane, para abrir os trabalhos. Esse é um tema que a maioria dos jovens pianistas encara como quem encara uma rampa para um salto: lugar para demonstração de ousadia e coragem para enfrentar a vertigem das variações possíveis em suas modulações. Uma queda livre, disse-me um deles - como quem acabasse de fazer uma molecagem. Taylor Eigsti se permite brincar com esse tema - uma brincadeira para deixar muito marmanjo rodado com a barba de molho - mas não é, o que muito me agradou, uma demonstração de virtuose. Ele se permite criar algo sem, como diz a nota do link, corromper a aura coltraniana. Foi bom ouvir.


Eigsti é um jovem competente. Um jovem que, como tal, se permite brincar. Só que suas brincadeiras são partilhadas por amigos como Christian McBride, Lewis Nash, Eric Marienthal e mais um monte de gente boa. Uma coisa: como jovem, ele também curte umas pitadas fusion funk/jazz, como é o caso da levada adotada em Love for sale, de Cole Porter. Isso pode ferir sentimentos puristas, mas eu achei uma experiência válida.


Deixarei as faixas citadas no podcast do Jazz Contemporâneo.


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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Alex Sipiagin

Busca aqui, procura acolá, e, de repente, estou caminhando pelas estepes geladas da Rússia. Levado fui pela lembrança do meu finado tio russo, Alexander. Lá, um xará do meu tio chamou a minha atenção: Alex Sipiagin. Russos tocam jazz? Sei lá, isso é coisa para o nosso bem informado vizinho John Lester, que não petisca, arrisca. E, às vezes, descobre coisas interessantes. Imito-o, pois. Arrisco-me.


E não me arrependo. O trompetista e fluegelhornista Alex Sipiagin é um músico que honra seus instrumentos. Frases bem construídas, sopro firme e coeso estão entre suas características mais perceptíveis. Os temas defendidos em Out of circle (2008) revelam uma sonoridade que me fez repensar a prevenção diante do jazz europeu. Talvez a coisa não seja tão chata assim. O frio não fez seu habitat nos bons e nada ortodoxos arranjos do disco de Sipiagin. Há ali uma promessa de bons momentos.


Destaque para as vozes bem articuladas dos sopros - Donny McCaslin (flauta, soprano e tenor - muito bom, diga-se de passagem); Robin Eubanks (trombone) e Sipiagin - propiciam momentos mais que agradáveis. O restante da banda soma Monday Michiru (vocalista e esposa do trompetista - um caso de nepotismo que, se não atrapalha, também não acrescenta grande coisa: não precisa de nenhuma CPI para esclarecer o fato); Adam Rogers (guitarra); Gil Goldstein (acordeon); Henry Hey (teclados); Scott Colley (baixo); Antonio Sanchez (bateria); Daniel Sadownick (percussão).
Ouçam ali no podcast do Jazz Contemporâneo.

terça-feira, 19 de maio de 2009

T-SHIRTS

Prezados navegantes,

Tenho o prazer de apresentar-lhes a grife jazz back'yard:


Preço: Algodão e Sinthetic: R$15,00 / PV: R$20,00 (+ transporte).
Edição limitada: 30 camisetas.

sábado, 16 de maio de 2009

Ray Charles & Milt Jackson

Durante um bom período da minha infância, o único equipamento que reproduzia música em minha casa era um pequeno rádio valvulado. O dial era um grande botão de madrepérola esverdeado, que em determinado dia tornou-se o beque central do meu time de futebol de botão.

Pois bem, foi naquele rádio que eu ouvi e tomei conhecimento da existência de Ray Charles. A sua voz, sua música soou-me arrebatadora. Ray é o típico showman. Mais que isso, Ray é daquele tipo de músico que transborda música. É alguém que, sempre que possível, merece ser ouvido. Eu, confesso, não tenho feito isso, mas tenho tocado alguns dos seus temas nas noitadas vitorianas com o meu amigo lusitano Sérgio Gomes.

Dia desses, em busca de uma versão de Hallelujah I love her so, eu encontrei um disco para colecionador nenhum botar defeito. Trata-se, de fato, de dois em um. São dois discos gravados em sessões únicas em 1957 e em 1958: Soul meeting e Soul brothers. Em ambos, Ray divide a cena com Milt Jackson. Sim, senhores, são dois discos de jazz. Interessantes, até. Além de Ray e Bags, participam as feras Skeeter Best e Kenny Burrell (guitarra); Billy Mitchell (tenor saxophone); Oscar Pettiford e Percy Heath (bass); Connie Kay e Art Taylor (drums).

Percebe-se que as gravações têm um clima descontraído e sem maiores demonstrações de virtuosismo. Parece um encontro de amigos que resolvem guardar uma recordação (na falta da máquina fotográfica, grava-se um disco). A linguagem adotada nos discos é o bom e velho blues, território dominado por Bags, Ray e por toda a trupe envolvida. São gravações que, como disse acima, merecem uma audição.
Os ouvintes poderão apreciar Ray tocando seu sax alto em algumas faixas e, eis uma novidade para mim, Milt Jackson encarando uma guitarra (em Bag's guitar blues ele arrisca algumas notas - vale como curiosidade).

Deixarei duas ali no podcast Quintal do Jazz.

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Jacky Terrasson - mais um pianista

Não gosto de falar mal de músicos antes de algumas audições. Dois ou três discos permitem uma percepção mais abrangente das possibilidades dos instrumentistas. Sinto-me ainda mais avexado quando é o tal disco solo. Os de piano, então, são raros os que aprecio. Mas, em nome da curiosidade e do jornalismo verdade, encarei a parada e ouvi o disco solo do franco-americano Jacky Terrasson, lançado em 2007 - Mirror.

Pensei: "o camarada deve ter feito algo interessante, já que, em 93, faturou o prêmio do prestigiado concurso Thelonious Monk". Pode ser... ou deveria ser. No entanto, senhoras e senhores, ao pousar o cd no toca-disco, decepcionei-me. Mais ainda: Sofri. Very, very bore. É um disco pretencioso e sem graça. A versão de Caravan é triste. Just a gigolo consegue ser pior que o original. Depois de ouvir You've got a friend deu-me gana de atirar no pianista.

Para não dizer que eu estou com má vontade, cheguei a apreciar as versões de Cherokee e de Bluesette. A primeira começa com um solo interessante, percussivo, e no segundo, Terrasson explora sutilmente as possibilidades melódicas e harmônicas do tema. Esses dois temas me levaram a pensar: se esse cara sabe fazer isso, por que não o fez em todo o disco? Por que tinha que ser tão murrinha nos outros restantes dez temas? Vá lá saber. Cotação: dois pinicos e meio.

Deixarei as faixas citadas no podcast.

Para quem quiser se arriscar, o link: here

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Robert Glasper

Continuemos a pesquisa sobre novos pianistas.

Um nome tem sido incensado pela crítica especializada: o texano Robert Glasper (27), que se apresentará no Bridgestone Jazz Festival, em São Paulo. Desde 2005, quando lançou seu primeiro disco, tem recebido aplausos e críticas dos aficionados do jazz. Alguns chegam a dizer que o jovem pianista já tem um traço peculiar que o distinguiria dos grandes nomes do piano jazz. Outros dizem que é jazz de butique.

Eu prefiro aliar-me àqueles que identificam em suas performances a forte presença de Jarret. O articulista da BBC, Charles De Ledesma, afirma que Glasper "is clearly indebted to contemporary jazz piano greats Keith Jarrett – for muscular, passionate flourishes – and Brad Mehldau, for narrative density and introspective complexity. Like Jarrett, Glasper tries his hand ably at repertoire standards, and, like Mehldau, has a habit of dashing away from melody, dangling percussive suggestions, before deftly returning to the safe ground of the lyric".
Paixão e densidade. Hmmm... Que seja! Um fato: eu o achei mais audível do que Mehldau. O seu modo de atacar as teclas do piano soaram-me mais lírico (de um lirismo mais simples). Daí, talvez, a crítica daqueles que o consideram jazz de boutique. O disco que agora ouço, In my element (2007), tem alguns momentos que até podem ser assim classificados pelos ouvintes mais recalcitrantes (FTB, por exemplo), mas não é algo que, para mim, desabona o pianista. Ele usa aqui uma linguagem mais acessível. Só isso.

Soube que suas primeiras experiências musicais foram nos campos r&b e hip-hop. O citado articulista identifica isso na faixa de abertura do disco - G & B. Se isso for hip-hop, passarei a ouvir mais. Soou-me agradável. Chamo atenção para a sua tendência, em seus solos, de usar frases curtas e rápidas, que produzem um efeito interessante. Destaco também o bom trabalho do baterista Damion Reid e do baixista Vincent Archer. O resultado é mais balançante e menos "cerebral" do que outros que tenho ouvido por aí.

Ouçam ali no podcast do Jazz Contemporâneo.

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Jack Sheldon

Estava eu em busca de interpretações de temas de Cole Porter (pretendo fazer uma pequena apresentação com algumas de suas peças) quando deparei-me com um bom disco do trompetista Jack Sheldon. Para quem não sabe, ele é um dos proeminentes nomes do jazz da costa oeste dos Estados Unidos. Sheldon trabalhou, entre outros, com Giuffre, Pepper, Wardell Grey, Stan Kenton e Bill Berry.


O camarada começou precocemente. Com treze anos, ele já estava encarando a lida no campo musical. Rapidamente tornou-se conhecido pela sua performance com o trompete e também pelo sua presença de palco. Bem humorado, Jack conseguia envolver sua platéia com sua bela música e com os pequenos "causos' e piadas que costumava intercalar seus solos. Essa sua "presença" acabou por levá-lo a atuar em programas da tv americana.


O disco que agora está na minha radiola - The quartet & the quintet - reúne gravações feitas em 1954 (quarteto) e em 1955 (quinteto). Jack, vocês perceberão, tem um sopro aberto, firme, privilegiando o registro médio (o que dá aquela sonoridade mais aveludada, próxima do flueghel) e de fraseado fincado no bop. Nas primeiras sete faixas, Jack está acompanhado por Walter Norris (p), Ralph Pena (b) e Gene Gammage (ds). Nas outras sete, o time inclui o grande Zoot Sims (ts), Walter Norris (p), Bob Whilock (b) e Lawrence Marable (ds). Achei o disco muito bom e recomendo sem titubeios.


Ouçam dois temas ali no podcast Quintal do Jazz.


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terça-feira, 5 de maio de 2009

Howard McGhee is back in town

Porque hoje é dia de jazz. Sim, em Vitória o jazz tem dois dias específicos: segunda e terça. Mas hoje, para variar um pouco, eu não tocarei jazz. Tocarei alguns bons sambas de Ismael, Rosa, Cartola e por aí a fora. Pelo menos até ali por volta da meia noite. Daí em diante a conversa será outra: a de sempre: o jazz.

Aqui, o assunto não é outro. Jazz, jazz e mais jazz. E falarei do mesmo que tenho falado acrescentando um outro molho. Phineas Newborn Jr, extensão do piano, agora como sideman de outro grande músico Howard McGhee, ou Maggie, como carinhosamente o tratavam seus amigos. O disco é Maggie's back in town, gravado no dia 26 de junho de 1961, em Los Angeles. O título é o do tema composto por seu parceiro Teddy Edwards, que não participa dessa gravação.

Howard, indiscutivelmente um dos grandes trompetistas que emergiram no jazz, reuniu seus amigos Phineas Newborn, Leroy Vinnegar e Shelly Manne, "o" baterista da costa oeste, para nos legar uma sensacional sessão. Destaque-se que McGhee é um daqueles caras que vivenciaram vários períodos da história do jazz e, como poucos, adaptou-se priomorosamente às novas linguagens. Como a mudança é do seu feitio, diz-nos Maggie, no encarte, que nessa sessão há um novo trompetista, não mais preocupado em percorrer todo o instrumento, voluptuoso, atrás de todas notas possíveis. No disco que lhes apresento, a explosão do jovem McGhee é substituída por uma escolha mais "pensada" das notas a serem usadas em seus improvisos. Completely cool, pal!

Ouçam ali no podcast Quintal do Jazz como Newborn e McGhee, em Demon chase, trocam figurinhas. Obviamente, eu não poderia deixar de apresentar a faixa-título Maggie's back in town. Aumentem o volume e relaxem.

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sábado, 2 de maio de 2009

Nehring, Koller & Braid - Set in Stone

Iniciei o sábado lendo a boa crônica sobre o dia do trabalho escrita pelo nosso amigo de blogosfera e do clube das terças, mr. John Lester. Um bom início, pois. Emendei uma leitura da biografia de Freud escrita por Peter Gay (as biografias formam grande lacuna em minha biblioteca - falha que pretendo remediar).

Após o almoço, arrisquei-me mais uma vez na seara dos novos pianistas. Achei um trio de Toronto, formado por Lorne Nehring (bateria), George Koller (baixo) e David Braid (piano). Pela ordem exposta na capa do disco, o líder seria o baterista, que me pareceu gostar em demasia dos pratos (mas, pelo que encontrei no disco, os temas solicitam esse tipo de performance). O grupo é bom. O baixista, para mim, sobressai; o pianista também mostra serviço - vocês ouvirão - conseguindo produzir bons momentos com mãos firmes mas sutis, quando necessário. Os temas, no entanto, arranharam esse meu ouvido ortodoxo.

Set in Stone (2006)é um disco-homenagem ao músico e professor canadense Fred Stone, que participou da orquestra de Duke Ellington. Segundo os bem informados lá do American guide, Fred tocou de tudo um pouco, experimentando amplificações, distorções e o diabo a quatro. Não sei se ele gostou da homenagem. Eu fiquei reticente. É um disco em que, pelo menos em dois terços dele, a paixão pela matemática ou pelo efeito suscitado por doses pesadas de matemática no cérebro humano (se é que posso dizer isso) parece ser o motivo principal. Muito laboratório para meu gosto. Essa parte eu indico aos especialistas.

Eu fui capturado pelas três primeiras faixas, D minor waltz, For Igor e Demetri's theme, uma concessão, creio, aos leigos. Nesses temas a sonoridade é mais transitiva, mais "popular". A segunda faixa, então, me agradou bastante. Nela, bateria, baixo e piano seguram um balanço que tocou meu coração. Deixarei as duas primeiras no podcast do jazz contemporâneo.

O link para os estudiosos: Here!