Em uma das postagens eu falei que fui ao restaurante Bené da Flauta para gastar um pouco do que não tinha e encontrar alguns amigos. Gastei mal ao pedir uma galinha com quiabo e polenta (para mim, ir a Minas significa comer comida mineira e beber bebidas mineiras - chopps e cachaças). Sofri, senhores. Arroz seco, polenta meia-bomba e galinha histérica - parece quente mas, na hora h, é fria. Deveria ter pedido a tal salada de bacalhau recomendada por Dan Mendonça (médico, lutiê de guitarras e baixos e artista plástico vitoriano). Pelo menos o chopp estava bom.
Não encontrei os procurados amigos mas conheci outros. Lá estavam Ray Moore, que se apresentara em Vitória na semana anterior, e seus amigos de New Orleans - Creole Zydeco Farmers - que fariam show mais tarde em um dos palcos da cidade (o som do grupo é uma mistura de r&b com com ritmos da região de Norlíns). Disse-me Ray que estava apenas ciceroneando os amigos. Bebemos um bocado de chopp e impedi que pedissem a tal galinha mineira histérica.
Feita a boa ação do dia, passei a curtir o som do grupo Mandu Sarará, de São Paulo, que fazia as honras da casa (pelo menos, para compensar a histérica, o som era liberado). A rapaziada paulista é muito boa e toca um som instrumental bem brasileiro, passeando com desenvoltura por uma miríade de ritmos. As composições do grupo são consistentes e merecem uma conferida (já gravaram dois cds). O nome dos camaradas: Sidney Ferraz (teclados), Valtinho Pinheiro (sax alto), Guto Brinholi (baixo) Rodrigo Bragança (guitarra) e Mário Gaiotto (bateria). Clique sobre o nome do grupo para conhecerem o som.
15 comentários:
E o lance do carro?
O ex-presidente francês Giscard d'Estaing afirmou q o melhor livro que um político poderia levar durante a campanha eleitoral era o guia gastronômico Michelin.Assim uma segunda opinião é sempre bem vinda seja na medicina como na vida.Um conhecido - em seu programa televisivo,tinha recomendado esse restaurante com ênfase.Uma cozinha mineira mais leve e menos “carregada”.Deu vontade de experimentar, já que a cozinha “caipira” paulista(que aprecio bastante) tem nítida influência da mineira .No festival de 2009 espero tirar a prova dos “nove”.Edú.
Pode ser que tenha sido azar meu...
Mas uma boa cozinha não dá chance para o azar.
"Salsapicius", dessa faceta crítico gastronômico eu não sabia...
Prezado Sérgio, o nosso considerado Salsa é o exemplo clássico do versátil sujeito q de um ponto faz um conto.Edú.
Poizé, rapaz, o cara é flórida!
Salsapícius é divertido. Pois é, eu tentei até fazer um blog - assinava chef buonaboca (http://bartrail.blogspot.com). Mas esse negócio de ir a boteco toda noite sai muito caro. A bolsa furou antes de quebrar.
Fico pensando quantas identidades assumem esses blogueiros do Espiríto Santo.É um pessoal multimídia.Edú.
Caríssimos mestres do Jazz back'yard, voltarei a insistir em fazer o que já não fazia há tempos (portanto, dêem um desconto!), apresentar-lhes uma provinha de uma recente descoberta – o disco ao menos é certamente raro: do dinarmarquês Jacob Dinesen... Ainda estou tentando descobrir se, na certidão, é Jacob ou Jakob. Enfim, o cara é um monstro! E nessa versão de 'Round midnight, o quarteto, Jacob Dinesen (sax), Ben Besiakov (piano), Eddie Gomez (baixo), Nasheet Waits (drums), está simplesmente soberbo. Uma das minhas “versões definitivas”.
Edu, você que é o mais arredio – não precisa justificar pq, parafraseando os candidatos, “você me conhece!”... - ouve aí e vê se não tenho razão.
Ah, o álbum de onde saiu a pérola chama-se “Lady With A Secret” de 2005.
Salsa, se concordares em GNG, q a faixa está entre uma das versões definitivas, vc decide se disponibilizo (álbum completo) no bloguimeu ou não. O link:
http://www.badongo.com/file/11489705
Salsa, em resposta ao teu comentário, agorinha, lá no sônico: não é o disco é só 'round midnight - a versão. Ouça sim, claro q tá livre pra meter a borduna! Mas, qué sabê, duvideodó!
Abraço.
Prezado Sérgio, arredio?Às vezes me sinto um verdadeiro papagaio de pirata palpitando exageradamente e pegando "carona" nos comentários alheios.Vou dar uma conferida, desse time só conheço bem o Gomes e o Nasheet Waits.Baita batera que ja´conferi "em loco".Dinamarca foi um confortável "asilo geográfico" para os músicos que fugiram da fusão do jazz com outros estilos a partir dos anos sessenta.O venerável Thad Jones morou vários anos lá.Inevitavelmente, deixou frutos.Edú.
Mas eu quis dizer arredio de ouvir, Edu. E foi brincadeira pq quando não é álbum completo, vc escuta, né? Então ouve, se não já ouviu, pq ousei chamar de versão ("uma das") definitiva, de um tema que deve ter umas 50.000 versões, algumas 1000, no mínimo, maravilhosas. Como disse, ousei.
Monk sempre merecerá milhões de execuções, caro Sérgio.Edú.
Salsa,segundo a Jazztimes o lance culinário no Festival de Ouro Preto era o Acaso 85(restrito aos apreciadores de uma picanha ou chuleta).Edú.
Ouvi falar. Aliás, chegaram a recomendar. Fica para a próxima.
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