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O segundo show da sexta-feira ficou aos cuidados de Kurt Rosenwinkel. A impressão inicial sobre o som do guitarrista (ao ouvir seus discos) foi de algo frio, sem maiores novidades. É a tal estória: ao vivo é melhor. A abertura de seu show foi com uma guitarra clean, soando como deve soar uma semi-acústica, mantendo um clima mais introspectivo. "Viu, Salsa, eu conheço esse troço" - imaginei ele dizendo para esse cético ouvinte. Em determinado momento, ele usou o pedal de volume para incrementar a sua boa interpretação de Reflections (Monk) que cativou o público aficionado. A partir desse momento o clima se elevou e a sonzeira tomou conta do ambiente.
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Acompanhado pelo excelente baixista Eric Revis e pelo jovem baterista Albed Calvaire (foto), o guitarrista (outro membro da confraria TelAviv/New York) destilou bons momentos de jazz e conseguiu manter o bom nível proporcionado pelo Third World. Rosenwinkel mostrou sua habilidade técnica e harmônica ao construir acordes de aparente simplicidade, mas que traziam disfarçadas aquelas notas maldosas que nos fazem sorrir.
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