O Pau Brasil está na estrada desde 1979, sempre primando por produzir discos de muito boa qualidade. O próximo, aliás, como nos informou o grande pianista Nelson Ayres, contará com a participação de um quarteto de cordas e fará homenagem ao bom e velho Villa-Lobos. Aguardem. Enquanto conversávamos, eu, Wilson Garzon e Nelson Ayres (foto), começou a cair o maior chuvaréu. Nelson, chateado, pois era a vez do Pau Brasil subir ao palco, reclamou da intempérie, achando que o público iria embora. Enganou-se. Quando o 
grupo foi anunciado quem foi embora foi a chuva, num claro sinal de respeito ao excelente trabalho do grupo.
grupo foi anunciado quem foi embora foi a chuva, num claro sinal de respeito ao excelente trabalho do grupo.O show foi um dos melhores, se não o melhor entre aqueles que assisti (só perdi a primeira noite). O grupo formado por Nelson Ayres (teclados), Paulo Bellinati (violão), Rodolfo Stroeter (baixo), Mané Silveira (saxofone, substituindo o Teco Cardoso) e Ricardo Mosca (bateria) foi impecável em sua performance. A sonoridade e a musicalidade do Pau Brasil arrebatou o público e se tornou uma espécie de unanimidade: não ouvi ninguém fazer comentário negativo.
O grupo estava com uma coesão que só os grandes conseguem. O trio de frente: Ayres (ali no meio do campo, distribuindo as jogadas), Bellinati e Silveira, deu um passeio. Passeio facilitado pelo bom trabalho desenvolvido por Stroeter e Mosca (foto, com Wilson e Ayres), que não deixaram a peteca cair. Fica difícil dizer se há algum deles que mereça maior destaque. No entanto, por nunca tê-lo visto e ouvido tocar, gostaria de ressaltar a excelência do violão de Bellinati (foto, ao meu lado), músico que, sem dúvida, pode figurar 
no panteão dos melhores. São Pedro agradeceu e o público pediu mais.
no panteão dos melhores. São Pedro agradeceu e o público pediu mais.Deixarei alguma coisa dos velhos discos ali no podcast do Jazz Contemporâneo
4 comentários:
Este foi, tb pra mim, o melhor show do festival. Os "velhinhos" mandaram bem demais!
pau brasil...apesar de tantas formações,nunca se deformou...piramidal.
meu respeito a uma das melhores bandas brasileira em atividade.
bellinatti é o cara...aclamado nas américas e europa.(muitos workshops,além dos concertos e interpretações de suas peças).
obrigado pela dica e postagem
abraçsonoros
Nelson Ayres é um grande sujeito e caráter.Formador do maior grupo de músicos organizado dedicado ao repertorio popular – a Orquestra Jazz Sinfônica - com suas quase oitenta figuras – q deixou tinindo e nada devendo a Jazz at Lincoln Center.Primeiro músico brasileiro a ingressar na Berklee em Boston, no inicio dos anos 70.Pianista de enorme expressividade – quase um Rubinstein dedicado ao repertório popular.O grupo Pau Brasil produziu , na minha opinião , o melhor disco de musica instrumental da história da musica brasileira.O primeiro lp, de titulo de nome do grupo q jamais saiu em cd.A formação inicial era com o saxofonista Roberto Sion – melhor amigo de Nelson (q Salsa é semi – sósia com 25 cm e alguns quilos a mais) e Azael Rodrigues na bateria.Grupo formado por músicos de formação superior na música e oriundo de um efervescente ambiente cultural paulista na década de setenta.Paulo Bellinati trafega, com especial , destaque, na melhor tradição dos violonistas brasileiros na linhagem iniciada por Garoto(de quem Bellinati tem espetacular trabalho e profunda pesquisa na obra), Dilermando Reis,Turíbio Santos,Baden Powel,Heraldo do Monte e Rafael Rabelo.Aqueles violonistas q antes de deslizar os dedos nas cordas assume postura.
Grande Edú,
é o tal negócio: quando aparece é para acrescentar. Valeu.
Pituco e Olney,
Grato pelas visitas. Um atravessou o mundo, o outro vem de mais longe ainda: Cataguases.
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