sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Morgan II

Morgan merece mais um capítulo. A sua música reverbera no jazz e no coração dos jazzófilos. Se a sua vida, como de tantos outros, teve suas agruras, isso não sufocou sua criatividade. Antes, como tantos outros (de novo), foi a música, a sua arte, que suportou, que emoldurou e emoldura a sua vida. Como escreveu o comentarista do Allmusic, "Morgan boasted an effortless, virtuosic technique and a full, supple, muscular tone that was just as powerful in the high register. His playing was always emotionally charged, regardless of the specific mood: cocky and exuberant on up-tempo groovers, blistering on bop-oriented technical showcases, sweet and sensitive on ballads". Na sua precoce trajetória, ainda nos anos cinqüenta, nos legou uma série de gravações de sonoridade especial. Ainda pouco mais que um adolescente, com a passagem de Clifford, em 1958, Morgan se tornou a bola da vez. Ele apssou a representar o som do trompete. É desse período as faixas que deixarei para vossa apreciação. Retireia-as da caixa Complete Blue Note fifties sessions, que inclui os quatro discos gravados em 1957 (Lee Morgan v. 3, City lights, The cooker e Candy).



3 comentários:

Cinéfilo disse...

Grande seleção.
As gravações de Morgan com os Mensageiros do Jazz, de Blakey, estão entre as minhas preferidas. Morgan tinha o som cortante quando necessário e tranqüilo quando queria. "Smooth Sound", como dizia Coltrane.
E por falar em trompetes, postei sobre Davis.

Abraços e bom 2008!
Este blog cada vez melhor. Sintético e preciso. Menos é mais.

Anônimo disse...

Lee Morgan tocou com Coltrane no célebre album "Blue Trane". Assim, conheciam-se bem.

Olmiro Müller

ReAl disse...

É verdade, Olmiro. Esse antológico disco (e põe antológico nisso) conta com o sopro do jovem Lee.
Grijó, tendo em vista o seu trabalho no ipsis litteris, o seu comentário é um estímulo para continuarmos o trabalho.