segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Blakey & Monk

Blakey é mais do que festejado baterista. Um "artista" da bateria, como dizia o meu velho pai. Ele, antes de Miles, sabia como ninguém cercar-se de bons músicos. Quantos galgaram o estrelato via Jazz Messengers? Deixo essa estatística para os navegantes, eu quero mesmo é falar um pouco sobre o encontro de Art Blakey com Thelonious Monk. É um disco danado de interessante. As notas tensas dispensadas por Monk durante os solos dos colegas de gravação são um espetáculo à parte. Blakey, por sua vez, contaminado pelo maluco, às vezes joga umas pancadas em contraponto, quebrando tudo. O que dizer de Griffin e seu tenor? Show de bola. Bill Hardman, quem tem alguma coisa dele para me emprestar? O seu trompete merece mais do que uma audição. Lá atrás, segurando tudo, está o baixista Spanky Debrest. Maneiro o camarada. Deixarei dois blues, um de Monk e outro de Griffin: Blue Monk (a alteração feita na última frase do tema ficou sensacional) e Purple shades. Aí pode ir pro abraço.

2 comentários:

Cinéfilo disse...

Esse foi um dos primeiros discos de jazz que comprei, no começo dos anos 80. Em vinil, capa escura.
Espetacular.

Tenho em cedê, com esta capa aí, da postagem.
Continua espetacular.

Anônimo disse...

Prezado Dias,
Realmente, o tratamento que o grupo deu a Blue Monk ficou bom. Johnny Griffin é uma beleza de sopro. Quando puder (você ou Vinhas), manda alguma coisa dele pro povaréu curtir.