Em 1994, dez anos após o seu debut como band leader, uma bela negra sentou-se ao piano e começou a dedilhá-lo sem o menor pudor. Mais despudorada ainda por saber jogar com as influências, mas mantendo uma dicção própria ao mainstream jazzístico. Geri Allen estava tocando jazz, e dos bons. O resultado foi o cd Twenty one. Lá no allmusic (que só deu três estrelas e meia para esse disco), o comentarista a descreve como uma pianista que "plays with a spontaneity and melodic gift that greatly transcends rote imitation. Her improvisational style is at various times both spacious and dense, rubato and swinging, blithe and percussive. It's a genuinely expressive, personal voice; her music is an amalgam — honestly conceived, intelligently accessible, and well within the bounds of what is popularly expected from a jazz musician of her generation". Geri estava acompanhada por uma dupla responsável por um bom capítulo da história do jazz: o baterista Tony Williams e o baixista Ron Carter. Eu a achei uma pianista e tanto, com toque firme e límpido. Experimentem um pouco da sua pegada nos temas Introspection (de Monk) e Feed the fire (Allen) e me digam o que acharam da moça.
2 comentários:
Excepcional pianista,esse foi seu único disco por um grande selo de jazz.Outros,infelizmente, apenas por selos menores e conseqüentemente extintos ou ,na maior parte, fora de catalogo.Nas horas em que se retira dos estúdios e palcos, atende como Sra.Wallace Rooney.E como visitante lamento a ausência da tradução livre.Edú
Eu possuo alguns discos da menina e não tenho do que reclamar. Feed the fire é realmente de incendiar.
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