O amigo Lester, arauto da presença feminina no jazz, sempre traz alguma novidade para o nosso universo - chauvinista por excelência. Eu, seguindo o amigo, resolvi trazer a esse espaço uma jovem baixista australiana, dona de uma pegada firme. O nome da moçoila: Tal Wilkenfeld.
Mas, se os amigos perguntarem "ela toca jazz?", serei forçado a lançar mão da boa e velha vaselina para introduzir meu argumento. O lance é o seguinte - se vocês acharem que fusion jazz/funk/rock é jazz, então a resposta é sim. É isso que está gravado no disco Transformation, de 2007. Eu, cá com meus ouvidos, chamo de, no máximo, smooth jazz (aquele lance que toca nas salas de espera de alguns dentistas). Devo admitir, porém, que ela faz o serviço direitinho. Competente, a garota.
A menina, a Tal Wilkenfeld, nascida em 86, é chegada numa coisa mais eletrificada. Sua escola remonta a Pastorius. Seu som lembra Spyrogira, Yellow Jacquet e adjacências. Vocês ficarão de boca aberta se analisarem o seu currículo de perto. Apesar da pouca idade, ela já tocou com Herbie Hancock, Jeff "Tain" Watts, Wayne Shorter, The Wayne Krantz Trio, Chick Corea, Jeff Beck e mais um monte de gente.
Ouçam alguma coisa ali no podcast do jazz contemporâneo
O link: Here!
21 comentários:
"O lance é o seguinte" á papo de embromador amador, Salsa. Armador profissional diz, "sabe"; "ou seja" e arremata com o indectível, "veja bem".
A gata eu ja conhecia do bom Blog rocker Boogie Woody.
Na verdade caí aqui dessa vez sem querer buscando informações sobre Alex Sipiagin. E eu crente que estava descobrindo a pólvora...
Ei, Sergio, vai devagar que o Salsa é bom de "briga", rsrs; ele é um amador "profissional" e sabe das coisas...
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Eu tb já vi vários vídeos com a garota tocando com diversos "cobras criadas" e ela, apesar de novinha, é muito boa no que faz, além de muito sexy.
Eu gosto, seja lá qual for o nome do estilo que ela toca; se é da escola do Pastorius, tá muito bom, né?
Eu já falei sobre ela tb lá no meu blog.
Boa tacada Mr. Salsa.
Grande abraço, JL.
Caro Salsa, parabéns pela nova ilustração que embeleza esse blog - ficou muito bacana.
Vi essa gatinha em um DVD do Jeff Beck e ela arrebenta - toca muito, uma virtuose. Não sou muito fã do estilo, mas a competência técnica é inegável - uma pegada mais rock que propriamente fusion, lembra o Stanley Clark (alguém aí já ouviu o novo disco dele, parece que táa tocando baixo acústico?).
Um abração, camarada!
Fig, eu não brinquei com o Salsa sobre a postagem. Embora não tenha dado muito bola pro ´lbum, quando ouvi, confesso. Brinquei com o introditório "O lance é o seguinte" quando alguém quer usar a "boa e velha vaselina" como está no texto dele próprio.
Ô, Fig, vc não tá me enteñdeñdo - sentiu o sotaque paulista? Frisei o não entendimennto. Foi isso.
Q brigar o q. Eu sô da paz, rapaz.
Abraços.
Ok, Sergio, vc viu que eu coloquei "briga" assim, entre aspas, isto é, é claro que entendi que vc estava de brincadeira com o Salsa; eu só quis botar uma pimentinha na coisa...rsrs
Somos todos da PAZ!
Abração!
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Salsa, eu tb gostei muito da nova ilustração do blog.
Prezado Sérgio,
Anotei as suas observações. Serão de grande valia (nada como contar com a assessoria de um profissional). Mas, todos concordaram, a menina é uma roqueira de primeira linha. Em tempo: ouvi o Dafne. Depois eu passarei lá na sua casa.
Érico,
Há muito eu não ouço nada de Stanley Clark, um excelente baixista. Você me deixou curioso com a informação sobre o baixo acústico. Vou correr atrás.
Olney,
Depois eu mandarei meu telefone para a gente se encontrar em Rio das Ostras.
E aí Lester, gostou da moçoila?
Abraços para todos.
Amigo Salsa,
A míúda toca bem, ponto. Não é propriamente uma música de jazz... Apenas a conheço dos trabalhos com o Jefff Beck.
A comparação com o Pastorius parece-me um pouco forçada: falta-lhe a "alma".
Mas agora se me disserem tem ela tem um largo futuro pela frente... estou completamente de acordo. Podem não gostar deste tipo de músicos ( lembrei-me da Hiromi ), mas eles são o futuro. E o jazz precisa disso, na sua constante evolução.
Um grande abraço.
Valeu, Salsa, vamos nos encontrar lá...
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Quanto a essa nota na apresentação dos seus podcasts, me explica direto essa coisa:
"PS - Você também pode copiar e colar em seu blog. O som rola numa boa."
Bem... retiro o que disse. A "Tal", para além de tocar bem, tem este magnífico disco: Tal Wilkenfeld - Transformation. Mas que agrável surpresa.
A vida faz isso com a gente: surpreende-nos. É nessa sua imprevisibilidade que está sua grande atração. E viva a vida, e viva a música.
Ora, Fig, é simples: se alguém quiser copiar o podcast para usar em qualquer site basta clicar sobre a opção "get podcast", que está na radiola, e seguir os passos que surgirão em uma janela. Simples, simples.
Ao amigo Luis "Salsa Romero" grande sax-man, com minhas homenagens ao grande Quarteto Transatlântico :
Barry Harris Quintet - Newer Than New (1961)
http://rapidshare.com/files/94750649/bh1077ntn.rar
Valeu, jazzlover.
Mas, como conseguiste tais informações?
Caro Salsa, não sei precisar onde mas foi num outro blog que visitei e dava conta que vc é um dos responsáveis pela consolidação e popularização do jazz em Vitória, ES, com o Quarteto Transatlântico. Peço desculpas se violei sua privacidade. Como tb sou amante de Jazz resolvi presentea-lo com o link do Barry Harris que acho da melhor qualidade. O blog jazzlover ainda não tive tempo de estruturar para poder postar os arquivos de jazz que possuo e são milhares colecionado durante anos.De qualquer forma gosto muito de seu blog e sou grato por alguns post's que vc enviou, vc sabe como é, alguns gostam de bop, outros de swing, eu sou chegado ao hardbop, com muito sax piano e baixo. Não vai faltar oportuniade para eu estar em Vitoria e poder assistir uma apresentação do Transatlântico.
Forte abraço !!
Na sequencia, faltou vc dizer se recebeu os links que enviei, ja havia enviado outro anteriormente e tb não obtive feed back. Se este não for o meio proprio me avise.
Ô, meu caro, nenhuma invasão. Só fiquei curioso. É que a gente só faz um som de amador, sem grandes estripulias. De qualquer modo, é sempre bom tocar para os amigos. E, sim, já peguei os discos.
Valeu
salve grande Salsa
já tinha falado sobre a menina lá no CJUB e realmente ela surpreende não só pela sua beleza recheada com seus cabelos de carneirinho mas pelo seu enorme talento
eu a descobri no DVD do Jeff Beck ao vivo no Ronnie Scott, antes mesmo do lançamento oficial, e vi suas notas com Hancock e Chick Corea que se espalharam pelo YouTube
abs,
Epa,
até que, enfim, Guzz deu o ar da graça. A gente se vê em Rio das ostras.
Depois de RC(mora?),Carlos Imperial,Nara Leão e Roberto Menescal - Salsa conclui o quinteto dos eminentes músicos capixabas de todas as eras.Stanley Clarke,por sua vez, fez um disco tocando somente contrabaixo acústico pelo selo Heads Up em forma de trio ao lado da pianista japonesa Hiromi e o baterista Lenny White chamado Jazz in the Garden.
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