Lá estava eu, confuso e difuso (como mostra a foto) na bela natureza, sendo tragado pela praia no quintal da casa do bom camarada Fernando. Tudo bom. Música, bebidas, comidas e amigos. Retornei para casa na tarde quase noite de domingo em tempo para assistir o flamengo jogar. Aí começa o retorno ao real - ou do real, como preferirem. Time meia-bomba. Mas o real mesmo me esbofeteou na segunda de manhã: carro arrombado. Meu carro que nem tocadisco tem. Na garagem de prédio. Só o meu. Meu equipamento de som, que deixo no porta mala, todo espalhado. Sabiam, pois. Bem informado, o lalau. Mas alguém, desavisado, deve ter chegado e assustou o larápio. Isso aconteceu no domingo de manhã e os vizinhos nem tchuns para a esbórnia no meu carro.
Antes de saber o que já havia acontecido, eu fiquei ouvindo alguns discos que há muito eu não ouvia. Um deles foi o Sunny side up, do altoísta Lou Donaldson. Disco agradável gravado em duas sessões no mês de fevereiro de 1960. Gostei um bocado da performance do trompetista Bill Hardman, de sopro honesto e eloquente. O pianista Horace Parlan também marcou bem ali no meio do campo, distribuíndo as jogadas e se atacando. Sam Jones, vocês sabem, não é de deixar a bola cair e sabe conduzir bem o ritmo da coisa. Laymon Jackson, que substituiu Sam em algumas faixas, manteve bem o andamento. E Al Harewood, o baterista, também não é de brincadeira e não deixou nada passar. Segurança completa na cozinha.
Agora, atrasado, vou à DP registrar a ocorrência. Antes, deixarei uma faixa ali no podcast Quintal do Jazz.
O link é aqui: HERE!
12 comentários:
Chegou "bebaço", largou o porta-malas aberto, o lalau foi lá e ó!Melhor fazer um seguro do equipamento. O album de Lou Donaldson é bastante agradável, destacando-se as músicas Blues for J.P, The truth e Goose Grease( composições dos integrantes do quinteto) e a beleza de bonus track "Swanee River". É isto!
Pois é, um roubo é muito chato mesmo. Mas roubaram o equipamento?
Roubei,não.
Assustei-me com um gato que passava...mas da próxima eu levo até a furreca.
João, eu não viajei com meu carro.
Não, Bela, não levaram meu equipamento. O prejuízo ficou por conta da porta arrombada e do capô amassado.
Pode chegar junto, lalau. Tem uma doze te esperando.
E eu aqui, ouvindo a tv, pq ver não dá. A tv quebrô - acontece nas melhores famílias. Ouvindo o meu Flusin levar sufoco do Madura.
E aí, Salsa, quando será a visita? A quinta q tu falou é amanhã(vai ser outro dia)?
Ih, mermão, melou tudo. Terei que gastar uma grana no carro e, de quebra, talvez eu tenha que ir a Rondônia no início de fevereiro.
Tá certo, cumpadi, quando vier ao Rio, reserve um dia pra gente botequinar pelos pé sujo da Zona Sul. Conheço cada um escondinho que não fazes noção!
É como, o povo do Jazzseen estranhou: eu, carioca da gema, não sabia mesmo do Barril 1800 (euros o chopp) com música ao vivo, mas o que está à margem, conheço que é uma beleza!
Ps.: pra falar a verdade, Salsero, como não faltaria aquele encontro melado pelas circunstâncias, respirei foi aliviado! Me conheço o suficiente pra saber o rombo que o Barril faria em minhas finanças. Ele até pode nem ser tão caro, eu é que ganho pouco e bebo para ca... preencha a linha pontilhada.
Salsa, eu bem que ouvi uns ruídos aqui em Itaparica mas pensei tratar-se de alguns desfavorecidos revirando as latas de lixo do Bob's. Levaram seu saxofone???
E ouça as palavras de quem nasceu no Morro do Alemão: quando encontrar com o falastrão do Sérgio lá no Rio, pede pra ele te levar no Caranguejo, ali na Barata Ribeiro: cerveja honestamente gelada e uma empadinha de camarão dos deuses. Se quiser um boteco sujo, talvez o tricolor não tenha coragem de ir com você a Brás de Pina, área minha. Mas pode ir sossegado ao Original do Brás, lá você esbarra com muito músico bacana - o pessoal do Fundo de Quintal sempre passa por lá - a cerveja é estúpida, a cachaça é divina e os petiscos...
Se o Sérgio ficar com medo de Brás de Pina, passa lá no Siri em Vila Isabel - área minha também. Ou na Praça da Bandeira, no Aconchego Carioca - que, infelizmente, fecha cedo nos fins de semana.
Se nada der certo com o tricolor e você acabar a noite com sede e com fome, passe no Cervantes, em Copa - área minha também, e coma o melhor sanduba de pernil do Rio, com um chopim razoável, 24h por dia.
E dê uns cascudos no Sérgio por mim. Ele tem falado pouco sobre jazz no Sônico.
Na volta, se houver volta, pegue o BO e processe o condomínio pelos danos.
Grande abraço, JL.
putz, que chato!! eu tive recentemente a minha carteira furtado, sensação de arrombamento também.
flamengçao no maraca? 1x0, primeiro jogo do ano, né?
dá-lhe música, então!!
Eu te amo, Lester, mas só porque estou bêbado. Amanhã isso passa.
E c não sabe o trabalho q deu pra escrever as mal traçadas...
Que legal, aqui terá sempre essas dicas de músicas?
Voltarei com certeza.
:*
Nossa,Sergião, notei um clima diferente nessas palavras(rs,rs,rs).JL é o dono do Rio.Me senti nas páginas dos romances do Rubem Fonseca.O Salsa é nosso enviado especial e já recebeu as devidas "diárias" do depto contábil do Jazzigo para fazer as resenhas do André Tandeta Trio.
Postar um comentário