terça-feira, 28 de julho de 2009

Very hot!!!

Há muito, muito tempo eu não fazia isso: tocar em casa. Estava me preparando para logo mais à noite estrear o Novo Trio (primo do Rivo Trio, do pianista Túlio). Mingus, Mann, Monk, Ellington, Carmichael, Gershwin e mais um monte de gente boa passou pela palheta do antenor, meu sax. Depois da pausa para o chá, liguei a vitrola para ouvir uma daquelas coisas que raramente eu ouço: orquestra.

Mas, meus amigos, às vezes sou obrigado a me dobrar. Tem alguns que são muito bons. Into the hot, por exemplo, é um disco sensacional da orquestra de Gil Evans, gravado em 1961. Os arranjos sofisticadíssimos em todas as faixas (sem dispensar o balanço) me obrigam a sapecar a cotação: *****.

O trabalho é uma homenagem a Cecil Taylor (que participa das suas três faixas) e John Carisi, compositores dos temas interpretados. Talvez os amigos fiquem preocupados esperando ouvir loucuras histriônicas da dupla, mas não é nada disso. Gil Evans consegue impor um clima mais que agradável às interpretações. Destaco a guitarra de Barry Galbraith e, obviamente, os sopros: John Glasel, Joe Wilder, Doc Severinsen e Clark Terry (que se revezam nos trumpetes); Phil Woods, Gene Quill mais Archie Shepp (saxes); Harvey Phillips (tuba).

Pode desembolsar um trocado para comprar. Dêem uma conferida ali no podcast Quintal do Jazz

Link (enquanto não proíbem): here!

5 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Mr. Salsa,
Gil Evans era um grande arranjador - adoro os discos que ele arrajou pro Miles Davis, como o Sketches Of Spain e o Miles Ahead.
Não conheço esse disco e confesso que fiquei receoso com o Cecil Taylor (até gosto do Love For Sale, mais acessível, mas até hoje não entendi patavinas do Conquistador), mas o som é bem "bacanudo".
Valeu a dica!

Salsa disse...

Eu também fiquei grilado, Érico. Mas o resultado final é bem interessante. Vale conferir.

Anônimo disse...

Thanks. Feel free to check out my new YouTube channel, and my blog as well:

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Paula Nadler disse...

Querido Salsa, você melhor do que todos sabe de minhas atribuladas tarefas junto a vovô Acácio. Contudo, o calor de seu blog e o bom gosto das seleções musicais, sempre permitem momentos de puro prazer. Obrigada por mais uma resenha enternecida. Beijos!

Salsa disse...

Ah, Paulinha,
Você me abandonou. Embaracei-me em profundo ostracismo desde a última vez que nos vimos. Nem amigos, nem amigas. Já me chamavam de celibatário. Desculpe-me tornar público meus sentimentos, mas tem sido um período muito difícil de suportar. As garrafas de pinot noir evito, pois, para mim, só são agradáveis em sua presença. Enveredei pela cachaça e bebidas outras de baixo calão. Usei o Gil Evans para atraí-la, admito. Golpe baixo de um apaixonado.
O tom mexicano de minhas lamúrias não são desculpáveis. Sei que, com isso, maior será a distância entre nós (não és chegada num dramalhão), mas esse sou eu. Mais romântico do que pinico de porcelana.
Beijos,
do sempre seu
Salsa