O amigo Lester, arauto da presença feminina no jazz, sempre traz alguma novidade para o nosso universo - chauvinista por excelência. Eu, seguindo o amigo, resolvi trazer a esse espaço uma jovem baixista australiana, dona de uma pegada firme. O nome da moçoila: Tal Wilkenfeld.
Mas, se os amigos perguntarem "ela toca jazz?", serei forçado a lançar mão da boa e velha vaselina para introduzir meu argumento. O lance é o seguinte - se vocês acharem que fusion jazz/funk/rock é jazz, então a resposta é sim. É isso que está gravado no disco Transformation, de 2007. Eu, cá com meus ouvidos, chamo de, no máximo, smooth jazz (aquele lance que toca nas salas de espera de alguns dentistas). Devo admitir, porém, que ela faz o serviço direitinho. Competente, a garota.
A menina, a Tal Wilkenfeld, nascida em 86, é chegada numa coisa mais eletrificada. Sua escola remonta a Pastorius. Seu som lembra Spyrogira, Yellow Jacquet e adjacências. Vocês ficarão de boca aberta se analisarem o seu currículo de perto. Apesar da pouca idade, ela já tocou com Herbie Hancock, Jeff "Tain" Watts, Wayne Shorter, The Wayne Krantz Trio, Chick Corea, Jeff Beck e mais um monte de gente.
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