Não me lembro de nenhum apreciador de jazz que tenha afirmado não gostar de Monk. Ele é um exemplo de unanimidade – mesmo entre os músicos. É possível, sim, encontrar intérpretes de sua obra que não façam jus à tarefa. Há também aqueles que dão conta do recado. Hoje eu trouxe dois destes, dois grandes saxofonistas, dois sopros que impõem respeito em qualquer roda: Griffin e Lockjaw Davis.
Lookin’ at Monk, gravado em 1961, é o reconhecimento da genialidade do nosso pirado pianista por seus contemporâneos. Griffin e Davis cumprem o papel de bons intérpretes com o vigor que caracteriza suas vozes. Não se trata de mero cover, obviamente. Isso vocês podem observar também na performance do pianista Junior Mance, que se mantém na sua, sem se preocupar em buscar a pegada monkiana, mas se deixando envolver por sua música intensa. Destaque-se a sessão rítmica com Larry Gales (baixo) e Ben Riley (bateria), que já figurou ao lado de Monk, e, aqui, mantém o groove necessário para honrar seu nome.
O quinteto escolheu peças mais conhecidas de Monk, fato que não incomodou esse ouvinte. Enfim, é um privilégio ouvir Rhythm-a-ning, I mean you, Well you needn’t, Epistrophy, Ruby my dear e ‘Round midnight tocadas como foram por esse belo grupo.
Deixarei uma faixa no podcast Quintal do Jazz.
Link para download: here.
7 comentários:
Prezado Vinhas,
Eu também gostei do disco, mas, como salientou Reinaldo (sem ouvir ele disse - "deve ser muito agressivo"), o andamento de algumas faixas está um pouco excessivo. O som de Monk é algo que toma conta de nossos ouvidos e fica difícil não fazermos comparações. A pegada dos saxofonistas, contudo, não condena o disco. Eu gosto da forma que Griffin toca, e Davis também manda bem.
Vale a pena aquirí-lo.
Enfim um álbum que ainda não ouvi e que me interessou. Prezado Salsa, aguardo seus préstimos. E obrigado ao Vinyl pela informação.
Grande abraço, JL.
Estimado!! lo felicito por su gran trabajo! lo vi en mi blog yuyazz,agradezco y comparto lo dicho por el Sr. Maia un excelente bajista!
Felicitaciones por su trabajo y quedo a las ordenes, mi mayor inspiración musical es BRASIL.
Un Abrazo desde Montevideo.
Yuyazz!
Seja bem-vindo, hermano,
mi casa, su casa.
Sem querer corrigir e já corrigindo, o nome correto do baterista é Ben Riley que tocou com Monk no controvertido album "Underground". O disco do Griffin & Davis é bastante agradável.
Considere corrigido. Tá na capa do disco.
Salsa, Eu gostei do up tempo dos temas. É produto da característica agressiva dos nossos heróis.
O apelido do Lockjaw Davis era gladiador entre seus companheiros de jazz.Bem sacado esse lance da agressividade.Não conheço esse disco,mas pelo histórico deve ser ótimo.Edú
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