



 Lá pelas bandas de '58-'59 do século passado, um trompetista e "flueghelhornista" chamado Wilburn Harden gravou bons discos ao lado de um escrete sensacional: John Coltrane, Tommy Flanagan, Doug Watkins e Louis Hayes. Um dos discos é Mainstream 1958, disco vigoroso, com sonoridade que bem representa o título escolhido.
Lá pelas bandas de '58-'59 do século passado, um trompetista e "flueghelhornista" chamado Wilburn Harden gravou bons discos ao lado de um escrete sensacional: John Coltrane, Tommy Flanagan, Doug Watkins e Louis Hayes. Um dos discos é Mainstream 1958, disco vigoroso, com sonoridade que bem representa o título escolhido. Os tropeços, aquilo que, segundo consta, deveriam nos fortalecer - entenda-se: enrijecer a alma - de fato, são janelas que se abrem para o oceano que tentamos represar. Eu tentei isso. Tento, ainda. Mas aí vem alguém e faz um belo filme, canta uma bela canção, aquela que eu não quis cantar - Body and soul, But beautiful, Cry me a river - e os diques sossobram.
Os tropeços, aquilo que, segundo consta, deveriam nos fortalecer - entenda-se: enrijecer a alma - de fato, são janelas que se abrem para o oceano que tentamos represar. Eu tentei isso. Tento, ainda. Mas aí vem alguém e faz um belo filme, canta uma bela canção, aquela que eu não quis cantar - Body and soul, But beautiful, Cry me a river - e os diques sossobram..jpg) Esses camaradas formaram o The Jazz Crusaders, grupo com pegada funky de boa cêpa, principalmente em seus primeiros discos. Os membros mais conhecidos pelo povo são o pianista Sample e o trombonista Henderson, que, para mim, são a alma da banda (sem desmerecer o bom trabalho do tenorista Felder e do bom baterista Stix Hooper). Depois de alguns anos o grupo alterou seu groove (lá no link diz o seguinte " makes the change from an acoustic jazz group with soul and blues influences, to an electric bluesy soul band, with jazz influences") e passou a se chamar apenas Crusaders (quando Larry Carlton participa da festa).
Esses camaradas formaram o The Jazz Crusaders, grupo com pegada funky de boa cêpa, principalmente em seus primeiros discos. Os membros mais conhecidos pelo povo são o pianista Sample e o trombonista Henderson, que, para mim, são a alma da banda (sem desmerecer o bom trabalho do tenorista Felder e do bom baterista Stix Hooper). Depois de alguns anos o grupo alterou seu groove (lá no link diz o seguinte " makes the change from an acoustic jazz group with soul and blues influences, to an electric bluesy soul band, with jazz influences") e passou a se chamar apenas Crusaders (quando Larry Carlton participa da festa).Alguns chamam de smooth jazz (o jazz da expressão é um elogio), outros chamam de música de elevador ou de consultório médico, outroutros de pop-rock, para muitos é porcaria mesmo. Eu acho, se comparando com Lee Ritenour, o Larry Carlton digerível. Tive um lp gravado ao vivo, no qual ele interpreta, entre outros, All blues e So what de modo agradável.
 Achei nas encruzilhadas da web o disco Deep into it, de Carlton. Ali, o que domina é o mela-cueca com pitadas de groove funky/rock. Eu até que curto o timbre da guitarra do camarada. As notas picadas, frases curtas e som aveludado valorizam o disco que, ao fim e ao cabo, vai bem na sala de espera do dentista (fará você se sentir bem ao esburacarem seus dentes). Aos chegados que fizerem download, cuidado com a faixa Don't break my heart - o alto índice de açúcar pode desencadear diabetes (a situação pode piorar se acrescentar a cançãozinha mela-cueca I still believe - inacreditável o que se faz para ganhar uma grana) .
Achei nas encruzilhadas da web o disco Deep into it, de Carlton. Ali, o que domina é o mela-cueca com pitadas de groove funky/rock. Eu até que curto o timbre da guitarra do camarada. As notas picadas, frases curtas e som aveludado valorizam o disco que, ao fim e ao cabo, vai bem na sala de espera do dentista (fará você se sentir bem ao esburacarem seus dentes). Aos chegados que fizerem download, cuidado com a faixa Don't break my heart - o alto índice de açúcar pode desencadear diabetes (a situação pode piorar se acrescentar a cançãozinha mela-cueca I still believe - inacreditável o que se faz para ganhar uma grana) . 
Para os fãs e drogadictos de plantão não deixarei o link. Sei que estou fazendo um bem para vocês. Encaminhem-se ao centro de desintoxicação mais próximo.
 Dexter é um dos saxofonistas que, quando eu crescer, quero tocar como ele. Sopro viril, pero sin perder la ternura, ele pode ser considerado uma das grandes influências para os instrumentistas das gerações seguintes. Em meados dos anos quarenta, Dexter participou de antológicas gravações com aquele fantástico clima bop ao lado de figuras como Sadik Hakin (ainda conhecido como Argonne Thornton), Leo Parker, Fats Navarro, Bud Powell, Tadd Dameron, Art Blakey e mais um monte de gente. São quinze faixas de primeira. Deixarei So easy no podcast Quintal do Jazz e, para os gulosos, deixarei o link para download
Dexter é um dos saxofonistas que, quando eu crescer, quero tocar como ele. Sopro viril, pero sin perder la ternura, ele pode ser considerado uma das grandes influências para os instrumentistas das gerações seguintes. Em meados dos anos quarenta, Dexter participou de antológicas gravações com aquele fantástico clima bop ao lado de figuras como Sadik Hakin (ainda conhecido como Argonne Thornton), Leo Parker, Fats Navarro, Bud Powell, Tadd Dameron, Art Blakey e mais um monte de gente. São quinze faixas de primeira. Deixarei So easy no podcast Quintal do Jazz e, para os gulosos, deixarei o link para download
 Você sabe o que é perder uma amor, meu senhor? Eu acabei de perder um: quarenta gigas de músicas da melhor espécie se foram, levadas por um vírus qualquer sem nome nem endereço, de índole nefasta. Perda irreparável, por ter-me desfeito dos lps originais. Restou-me a tristeza. Aos amigos, a quem recentemente cedi algumas cópias, peço uma segunda via. Por gentileza.
Você sabe o que é perder uma amor, meu senhor? Eu acabei de perder um: quarenta gigas de músicas da melhor espécie se foram, levadas por um vírus qualquer sem nome nem endereço, de índole nefasta. Perda irreparável, por ter-me desfeito dos lps originais. Restou-me a tristeza. Aos amigos, a quem recentemente cedi algumas cópias, peço uma segunda via. Por gentileza. Primeiro ponto a favor dos organizadores: convidaram alguém do ramo para ajudar na programação. Com essa estratégia, conseguiram propiciar um desfile do que há de melhor na cena do choro contemporâneo e permitiram aos nossos chorões partilharem o palco com aqueles que lhes servem de inspiração.
Primeiro ponto a favor dos organizadores: convidaram alguém do ramo para ajudar na programação. Com essa estratégia, conseguiram propiciar um desfile do que há de melhor na cena do choro contemporâneo e permitiram aos nossos chorões partilharem o palco com aqueles que lhes servem de inspiração. algumas adaptações simples (umas cortinas aqui e acolá, rebaixamento do teto do palco, alteração no posicionamento dos falantes etc e tal), e, constatando o que tinha de equipamento, trouxe alguns microfones para auxiliar na labuta.
algumas adaptações simples (umas cortinas aqui e acolá, rebaixamento do teto do palco, alteração no posicionamento dos falantes etc e tal), e, constatando o que tinha de equipamento, trouxe alguns microfones para auxiliar na labuta.
 No dia seis do mês de setembro do ano de 1952, Coleman Hawkins levantou-se e, diante do espelho, sorriu com o canto dos lábios. Aquele dia seria o início de uma boa semana. Hawk tocaria jazz. Estava com saudade disso, do clima “ao vivo” que seria retomado, clima marcante em suas gravações dos anos quarenta (os críticos reclamavam de um certo desvio, em suas últimas interpretações, para um clima mais comercial).
No dia seis do mês de setembro do ano de 1952, Coleman Hawkins levantou-se e, diante do espelho, sorriu com o canto dos lábios. Aquele dia seria o início de uma boa semana. Hawk tocaria jazz. Estava com saudade disso, do clima “ao vivo” que seria retomado, clima marcante em suas gravações dos anos quarenta (os críticos reclamavam de um certo desvio, em suas últimas interpretações, para um clima mais comercial). 

 sossobrei ao encanto da jovenzinha. Se eu não soubesse disso, se eu não vislumbrasse Audrey babando pelos diamantes da Tiffany's, se eu não lembrasse de Audrey naquele vestidinho preto contornando seu corpinho juvenil, eu arremessaria o disco pela janela. Talvez, antes, eu copiasse a faixa The big blow out. Curiosidade: quando eu ouvi a introdução desse tema e o início do breve solo de sax alto veio-me à mente um clássico: The pink panther. Confira no podcast Quintal do Jazz.
sossobrei ao encanto da jovenzinha. Se eu não soubesse disso, se eu não vislumbrasse Audrey babando pelos diamantes da Tiffany's, se eu não lembrasse de Audrey naquele vestidinho preto contornando seu corpinho juvenil, eu arremessaria o disco pela janela. Talvez, antes, eu copiasse a faixa The big blow out. Curiosidade: quando eu ouvi a introdução desse tema e o início do breve solo de sax alto veio-me à mente um clássico: The pink panther. Confira no podcast Quintal do Jazz. Este post só foi postado em nome do, como diz o Salsa, jornalismo verdade. Aliás, devo frisar, foi a pedido do meu citado partner de blog. O músico de quem aqui falarei nunca foi do meu agrado. Nem quando eu jovem era. Trata-se de Lee Ritenour.
Este post só foi postado em nome do, como diz o Salsa, jornalismo verdade. Aliás, devo frisar, foi a pedido do meu citado partner de blog. O músico de quem aqui falarei nunca foi do meu agrado. Nem quando eu jovem era. Trata-se de Lee Ritenour. Há dois discos, entre os dez ou doze que escutei, que considero um pouco mais apetecível aos ouvidos mais voltados para o mainstream jazzístico: um dedicado a Wes e outro, que dedicarei mais algumas linhas, chamado Stolen Moments, gravado em 1990.
Há dois discos, entre os dez ou doze que escutei, que considero um pouco mais apetecível aos ouvidos mais voltados para o mainstream jazzístico: um dedicado a Wes e outro, que dedicarei mais algumas linhas, chamado Stolen Moments, gravado em 1990.  Em 1959, Billy Wilder dirigiu Some like it hot, por aqui intitulado Quanto mais quente melhor: uma mais que sexy comédia, com a deusa Marylin Monroe bagunçando a vida de dois músicos (Curtis e Lemmon). Os rapazes testemunham a famosa chacina de mafiosos que aconteceu no dia dos namorados lá dos USA (São Valentim - creio que) e, para escaparem, eles se disfarçam de mulheres e entram em uma banda de belas moçoilas. Qual o perigo maior, gângsters ou Sugar Kane (Marylin)? Sem dúvida, creio que todos gostariam de, em momentos de perigo, esconderem-se sob as saias da musa Marylin.
Em 1959, Billy Wilder dirigiu Some like it hot, por aqui intitulado Quanto mais quente melhor: uma mais que sexy comédia, com a deusa Marylin Monroe bagunçando a vida de dois músicos (Curtis e Lemmon). Os rapazes testemunham a famosa chacina de mafiosos que aconteceu no dia dos namorados lá dos USA (São Valentim - creio que) e, para escaparem, eles se disfarçam de mulheres e entram em uma banda de belas moçoilas. Qual o perigo maior, gângsters ou Sugar Kane (Marylin)? Sem dúvida, creio que todos gostariam de, em momentos de perigo, esconderem-se sob as saias da musa Marylin.  O filme conta com um atrativo a mais: a trilha sonora. Barney Kessel reuniu um timaço - Art Pepper, Shelly Manne, Joe Gordon, Jimmy Howles, Jack Marshall e Monty Budwig - para fazer um som que fizesse jus a Marylin. E o resultado foi excelente. Swing de primeira. Alegria em cada nota. Vocês poderão curtir o sensacional bate-papo de nossos heróis em Runnin' wild, faixa que justifica a compra do cd. O bom é que o resto todo mantém o nível. Ouçam ali no podcast Quintal do jazz.
O filme conta com um atrativo a mais: a trilha sonora. Barney Kessel reuniu um timaço - Art Pepper, Shelly Manne, Joe Gordon, Jimmy Howles, Jack Marshall e Monty Budwig - para fazer um som que fizesse jus a Marylin. E o resultado foi excelente. Swing de primeira. Alegria em cada nota. Vocês poderão curtir o sensacional bate-papo de nossos heróis em Runnin' wild, faixa que justifica a compra do cd. O bom é que o resto todo mantém o nível. Ouçam ali no podcast Quintal do jazz.
 Não sei se vocês repararam, mas aí do lado esquerdo tem alguns links de blogs que costumo visitar. Em alguns deles há uma profusão de links para baixarmos bons discos de jazz e de vários outros estilos. Há, por exemplo, no jazzever, um disco de Frank Morgan bem ao gosto do nosso partner e baladeiro Salsa.
Não sei se vocês repararam, mas aí do lado esquerdo tem alguns links de blogs que costumo visitar. Em alguns deles há uma profusão de links para baixarmos bons discos de jazz e de vários outros estilos. Há, por exemplo, no jazzever, um disco de Frank Morgan bem ao gosto do nosso partner e baladeiro Salsa. Love, lost and found, de 1995, é uma compilação de standards muito bem interpretada por Morgan. Ao seu lado estão Cedar Walton (piano), Ray Brown (baixo) e Billy Higgins (drums), um time de respeito. A leveza de sentimento em suas interpretações nesse cd não revelam sua dura história: foram três décadas envoltas por drogas e prisão. É um sobrevivente. Sua experiência de vida, graças às musas, não fez sucumbir sua verve musical. Talvez nela tenha encontrado motivo para prosseguir até sua passagem em 12/2007.
Love, lost and found, de 1995, é uma compilação de standards muito bem interpretada por Morgan. Ao seu lado estão Cedar Walton (piano), Ray Brown (baixo) e Billy Higgins (drums), um time de respeito. A leveza de sentimento em suas interpretações nesse cd não revelam sua dura história: foram três décadas envoltas por drogas e prisão. É um sobrevivente. Sua experiência de vida, graças às musas, não fez sucumbir sua verve musical. Talvez nela tenha encontrado motivo para prosseguir até sua passagem em 12/2007.
Vocês poderão ouvir My one and only love e All the things you are no podcast Quintal do Jazz
Caso vocês curtam, eis os links para download: parte 1 e parte 2.