quinta-feira, 29 de maio de 2008

Rio das Ostras underground

Contaminado pelo clima musical, eu não podia parar. Interrompi a imitação de Eddie Murphy feita por Strickland e peguei o meu copo de uísque. O último gole de Jack desceu lento e subiu melhor.
O sol ainda distante e a noite ainda toda meia lua com algumas estrelas, apelava por mais música. Meu sangue inebriado, eterizado meu tino por tantas notas eletro-acústicas, busquei por mais um pouco disso. Soube de uma jam com músicos locais em um bar frente para o mar. Tarde cheguei. A lei dos homens silenciaram o festim.
O saxofone no porta-malas exigia providências. Rodei mais um pouco e encontrei um boteco. Notas toscas rompiam a multidão de jovens e nem tão jovens assim que se acotovelavam à porta. Achei, enfim. O nome: St Remy. O dono, Remy, é uma figuraça woodstockiana que encarou a guitarra e mandou Born to be wild, Sunshine of our love e outras tantas. Peguei Antenor, o meu sax, e caí na esbórnia.

Os meninos da banda liderada por Wagner José, mandaram um som meio retrô, com elementos da jovem guarda envolvidos por uma mescla de tudo que se fez na música pop desde então. O fato é que eu toquei rock'n'roll até o dia expulsar as criaturas da noite para seus respectivos berços.

5 comentários:

cd disse...

ê vidão. Um dia eu chego lá.
Vinhas, da próxima vez, sou eu quem vai cobrir o evento.

Gabriela Galvão disse...

Ô-au!

Anônimo disse...

Cara, não posso deixar de te respeitar.Vc leva o compromisso da musica – uma espécie de sacerdócio - em qualquer local em que esteja.Edú

figbatera disse...

Beleza, Salsa; é assim que se faz...

Cinéfilo disse...

Vc é o Gândavo capixaba, Luiz.
Valeu.

E a narrativa cada vez melhor.
Postei sobre Bambam.

Abraço