quinta-feira, 1 de maio de 2008

Mingus!

Já que o assunto é jazz, vamos a ele (antes que o Predador resolva nos atacar com todas suas extraterrenas forças). Saquei do alforje um disco que nem o irascível e.t. há de reclamar. O protagonista é ninguém menos do que o não menos irritadiço Charles Mingus. Gravado em 1960, Mingus! tem três faixas apoteóticas que abalarão as bases dos nossos visitantes - desta e de outras galáxias.

Vocês ouvirão MDM (Monk, Duke and Me), reunião de Main Stem (Duke), Straight, no chaser (Monk) e Fifty-first street blues (Mingus). A festa musical proporcionada pelos trombonistas Knepper e Woodman, pelos altoístas McPherson e Dolphy (este ainda encara a flauta e o clarone), pelos trompetistas Curson e Hillyer, pelo tenorista Booker Ervin, mais a cozinha (Bley e Richmond) é para pedir bis.

O disco ainda tem uma versão mais que boa de Stormy weather e, por fim, Hellview of Bellevue, tema dedicado à passagem de Mingus pelo famoso hospício. Essa última eu deixarei para Salsa, à sua vez e se capaz for, inspirar-se para escrever mais um de seus contículos. Vai encarar, capixaba?

8 comentários:

Salsa disse...

Eu posso tentar. Se rolar, rolou.

ReAl disse...

Já leu a autobiografia do cara?

Guzz disse...

Vinyl, a biografia que você se refere é o "Saindo da Sarjeta" ? cara, o livro fala mais do Mingus gigolô do que o músico, muito doido

agora, o video documentário sobre ele "Beneath The Underdog" é fantástico

Mingus é genial, muito mais como compositor do que contrabaixista, e sua música é realmente vibrante

Abs,

Anônimo disse...

...tema dedicado à passagem de Mingus pelo hospício... Com essas palavras o sr.CD encerra o seu comentário do disco de Mingus. Conclusão: música de doido para doido ouvir. O único disco de Mingus que aguentei escutar, assim mesmo não inteiramente, foi "Mysterious Blues" e olhe lá!Embora fosse um bom contrabaixista, suas composições e arranjos eram de arrepiar "pêlo de bode dentro de chiqueiro de porco".
Continuarei ouvindo Bud Powell !

ReAl disse...

Ê, homem difícil, sô! Acho que o Predador é manco do ouvido e da alma. E o besta do CD querendo agradar o ET....

Anônimo disse...

Prezado Predador

Já vi que vc não entende porra alguma de jazz. Como disse o colega acima, o seu ouvido é manco ou não está sintonizado ainda. No entanto, uma coisa é certa: Mingus requer doses de intervalos, não deve ser ouvido diariamente. Enfim,compreendo o que vc quis azedamente dizer: o pecado do Mingus é que o seu estilo impulsionou o free jazz. Bem... parei onde vc começou.

Um abraço, do Calafa.

cd disse...

Prezado Calafa,
Vou além, eu ainda não conheci um jazzista que me fizesse ouvir sua discografia de cabo a rabo numa boa. Ainda está pra nascer. Mingus chutou o balde, sim. E isso foi necessário para a música não ficar no patamar domesticado, que é a ânsia da maioria dos vis mortais.

Anônimo disse...

Caro Guzz

Na verdade, a autobiografia de Charles Mingus chama-se originalmente "Beneath The Underdog" e teve sua 1ª edição em 1971. Para elaborar a obra, Mingus foi assessorado pelo jornalista Nel King.
Tenho uma edição portuguesa desse livro, de 1982, que foi traduzida por Vítor Ribeiro Ferreira, sob o título "Abaixo de Cão".
No Brasil, foi editada, em 2005, uma tradução feita por Roberto Muggiati, com o título "Saindo da Sarjeta: Autobiografia de Charles Mingus", que ainda não tive a oportunidade de ler.
Realmente, a obra dá mais ênfase à vida não-musical do famoso contrabaixista e compositor.

Olmiro Müller