Esforçamo-nos em dar sentido à vida. Cerveja gelada, vinhos, temperos, tudo devidamente ponderado, tudo na justa medida para, por alguns instantes, sentirmo-nos senhores da natureza. A música alicerça nosso esforço. Apoderamo-nos do canto das musas quando criamos instrumentos. Instrumentos que trazem em si, como a própria natureza, o desafio de dominá-los. Vai encarar? Parecem dizer. Encaramos. Alguns encararam, e, com eles, com os instrumentos, compuseram a trilha sonora para a nossa louca aventura nesse mundinho azul.
O piano, herdeiro da harpa de Orfeu, reina entre os modernos instrumentos. Reinado que é dividido entre alguns heróis que conseguiram estabelecer um tipo de profunda simbiose com suas teclas. Oscar Peterson é um deles. A sua respiração, a musculatura de seu coração, os tendões de suas mãos, seu corpo e sua alma parecem estar definitivamente unidas às cordas do piano. Ouvir piano, ouvir jazz, hoje, amanhã e depois do amanhã, sempre trará à lembrança a volúpia e alegria que marcam suas interpretações. Ouçamos Oscar Peterson, pois.
7 comentários:
Muito legal.Edú
Belo texto Vinyl. Peterson, esteja onde estiver, deve ficar feliz vendo as demonstrações de carinho de seus fãs. Ainda mais quando o texto é escrito com tanto esmero. Ele emerece.
Os meus parabéns pela prosa e pelo magnífico músico que lhe deu o mote, Oscar Peterson. Muito Bom!
Vou voltar.
Nem me arrisco a uma resenha sobre o grande OP.
Depois dessa e daquela no Jazzseen, o enormíssimo pianista deve sentir-se satisfeito pelas homenagens.
Recolho-me e leio, também satisfeito.
Agradeço as gentis palavras dos visitantes. Oscar Peterson merece mais.
O seu a seu dono. Gostei muito do texto de nosso amigo nesta justa homenagem a OP. Parabéns amigo estou chegando hoje ai, ligo assim que pisar na terra do Dan.Osvaldo
Gostei das palavras. e da música, ha!,maravilhoso Oscar Peterson!
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