Contemporary Jazz foi gravado em quatro dias do mês de dezembro de 1999, com uma proposta relativamente experimental (a única faixa mais radical nesse aspecto é Elysium, de Marsalis). O título do disco, ao meu ouvir, se reflete nos aspectos harmônicos e rítmicos explorado por Branford nas composições executadas (a maioria de sua autoria), mas, mesmo assim, percebe-se a velha tradição permeando todo o disco (há, inclusive, uma versão curiosa de Cheek to cheek, de Berlin). Enfim, sabe-se, a famíla Marsalis não é de desprezar o blues e o swing.
O fato é que a proposta do disco auferiu a Jeff "Tain" Watts a oportunidade de usar suas baquetas sem dó nem piedade, assim como deu asas à imaginação do excelente pianista Joey Calderazzo, que passeou à vontade pelas teclas do seu piano. Eric Revis, o baixista, por sua vez, cumpriu sua função sem titubeios, permitindo-se ir além do bom e velho walkin' ao trabalhar patterns harmônicos bem elaborados. Não diria que esse é um petardo para demolir as estruturas do vizinho, mas é um bom aviso do potencial bélico que guardamos em nossos paióis.
Ouçam Countronious Rex no podcast do Jazz Contemporâneo.
Se ainda não foi limado, o link para o disco está HERE
5 comentários:
Gostei! Guerra como essa, nem o pessoal da AMBEV, dotores honoris causa em marquetinagem, teria capacidade de organizar.
O link funciona. Tou baixando e depois responderei o fogo amigo, mas com espírito inimigo, pra guerra ser pra valer e ser total!
Em guarda!
Em tempo: pelo comentado, Vinyl, Antonio Hart derrubou alguns hidroaviões, afundou um submarino e denificou um cruzador. Caraca, tem cruzador na batalha naval? Enfim, fiz um estrago.
Nem Tanto, Sérgio, nem tanto. Concordo que é um bom disco, mas não chega a ter tal alcance. vá lá que tenha atingindo um submarino...
Até que o bombardeio inicie, ficarei em minha trincheira.
Avante!, JL.
...e se sobrarem "balas perdidas", que sejam todas tipo esse Marsalis aí...
Oleari.
Que "guerrinha" boa, né não?
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