domingo, 1 de fevereiro de 2009

Swinging with Jimmy Knepper

Enquanto eu ouvia o disco que estou, enquanto escrevo, novamente ouvindo, lembrei-me do chapa-velho-de-guerra-jazzeiro-de-primeira-linha e presidente vitalício do clube das terças, mr. Reinaldo Santos Neves. Antes que me perguntem o por quê, vou logo respondendo: é um disco de swing e ainda por cima de um parceiro de Charles Mingus, um dos ídolos do prez. O band leader dessa gravação é o trombonista Jimmy Knepper.

O nome do disco é A swinging introduction to Jimmy Knepper, gravado em 1957. O time que o acompanha nesse exercício introdutório ao swing, um dos pilares do jazz, é de primeiríssima linha: Gene Roland (tp, nas faixas 5, 7, 9), Gene Quill (sax alto nas faixas 1-4, 6, 8 ) , Bob Hammer (piano nas faixas 5, 7, 9), Bill Evans (piano nas faixas 1-4, 6, 8), Teddy Kotick (b) e Dannie Richmond (ds).

Quem Também gostaria dessa bolacha é o chapa e fã de Evans e colecionador inveterado Rogério Coimbra (se é que não conhece - o cara tem tudo do jazz). Evans swingando? Poderia perguntar algum provocador. Mas, saiba você, provocador, que Evans conhece esse negócio como poucos - o piano, a música, o jazz.

Retornando ao líder da cena, fiquem sabendo que Knepper, meus amigos, sabe pilotar o trombone como poucos (sabia, pois faleceu em 2003). O seu som é preciso, veemente, e suingado, obviamente. Mas, puxando a brasa para a minha sardinha, eu gostei mesmo foi do Gene Quill. Esse camarada andou gravando umas coisa com Woods e participou de algumas big bands (de Krupa, Rich, Mulligan e outros que não me recordo e a preguiça não me deixa pesquisar). Que figurinha arisca, senhoras e senhores, que volúpia sonora, seus pés com certeza estão fincados no bop. Fez-me reouvir o disco diversas vezes. Para mim, Knepper e Quill dominam a cena do disco. Acho até que vou deixar duas faixas no Podcast Quintal do Jazz.

O link: HERE

13 comentários:

Anônimo disse...

Cd japonês.A chamada “mosca branca”.Os japoneses pegam aleatoriamente qualquer lp que querem e transformam em cd.Basta recolher pela tabela do direito autoral da legislação japonesa e depositar numa conta a disposição dos detentores dos direitos ou autor.

ReAl disse...

"qualquer tipo" significa o quê? O disco é bom, ruim, meia bomba, detestável...
Eu gostei do que ouvi. Knepper é muito bom. O clima de Ogling Ogre lembra Mingus - não poderia ser de outra forma, já que Knepper partilhou alguns arranjos e fazia as transcrições das partituras para Mingus.

Anônimo disse...

Não só o sr.Reinaldo e sr.Rogério gostariam deste album. Eu também gosto e é um disco de primeira, como bem disse o sr.Salsa: cheio de swing e com verdadeiros músicos de jazz. Knepper estava na mesma "linha" de um J.J.Johnson, Bob Brookmeyer, trombonistas do primeiro time. E era um discípulo de Mingus. As músicas "How high the moon" , "Irresistible you" e "Oglin Ogre" são as minhas preferidas.
Quanto ao post do sr.Edu, não esquenta não sr.Vinyl, ele gosta mesmo é do Weather Report, Joe Zawinul, Herbie Hancock, Miles Davis, fusion,... e outras porcariadas.

Anônimo disse...

Eu não teci comentário algum sobre o referido álbum.Onde esta a referencia "do tipo".Eu não ouvi, como posso opinar.E ,se, por ventura, opino: respeito a opinião de outrém.Fiz uma pequena consideração sobre o mercado fonográfico japonês.Eles não tem dificuldade alguma de colocar nenhum fonograma em cd pela simples razão q obedecem a legislação especifica do país.Numa visita a Tower Records de Tókio em 99 , por ocasião da final do Mundial Interclubes - enchi minha cesta com mais de 35 cds ( tinha vasculhado a prateleira apenas até a letra J na ocasião) q nunca havia visto em lugar algum do mercado americano e europeu.Como na conversão para dólar dava cerca de 38 dólares o disco , tratei de esvaziar minha cestinha na medida do possível.Comprei mais de 15 cds de Bossa Nova q jamais saíram por aqui até hoje (2009).

Salsa disse...

É fato. Os japoneses compraram todos os catálogos das gravadoras brasileiras. É mais fácil ouvir bossa no japão do que aqui.

Anônimo disse...

Esse cara é encrenqueiro...esse tal de edú. que saco!

ReAl disse...

Sem agressões, por favor.

John Lester disse...

Bem, entrei aqui com a intenção inicial de convalidar os elogios de Mr. Salsa ao genial Gene Quill, saxofonista que nunca alcançou a notoriedade que merecia. Ainda não conheço esse álbum, mas parece ser uma daquelas guloseimas irresistíveis.

Contudo, ao ler os demais comentários, creio que alguns visitantes foram hostis com Mr. Edù sem razão. Ele apenas trouxe à tona um fato, que eu inclusive desconhecia. Sei apenas que os japas têm lançado excelentes cd's, em pequenas embalagens que imitam os velhos lp's, sem muito cuidado com a remasterização: passam direto do lp para cd. Por sorte o bom Deus me permitiu angariar alguns deles, como Jutta Hippe com Zoot Sims, Loaded de Stan Getz ou Wilder 'N' Wilder de Joe Wilder.

E, por fim, discordo parcialmente do Predador e totalmente do Estevão quanto às opiniões e preferências do amigo Edù.

Grande abraço, JL.

Salsa disse...

Também acho. Valeu a visita, mr. Lester. Você tem alguma coisa dele, do Gene, como líder?

Anônimo disse...

Phil and Quill Sextet (RCA 1956) e Phil & Quill with Prestige(OJC 1957) são dois títulos “top”,pra mim.

John Lester disse...

Mr. Salsa, vou pesquisar e, qualquer coisa, na terça.

Grande abraço, JL.

Salsa disse...

Opa! Valeu, Lester. Aguardo.

neil disse...

Thank you for the opportunity to hear early Jimmy knepper...