Passei lá no Jazzseen e li o comentário feito por Oleari sobre o pouco espaço dedicado ao jazz contemporâneo naquelas plagas. Aqui tem acontecido o mesmo. O podcast do jazz contemporâneo parou em Scofield e nada mais foi apresentado. Tentarei, agora, reduzir um pouco essa lacuna. Confesso, porém, que não foi fácil, pois muito pouco de atual eu tenho em minha discoteca. Mas, ao revirar a minha estante virtual na web, encontrei um disco que merece algumas linhas. Um disco do saxofonista Bennie Wallace, gravado em 1984 (ano do big brother).
O disco é Sweeping through the city, gravado com a companhia do trombonista e maluco Ray Anderson, mais Scofield, Mike Richmond (bass), Dennis Irwin (bass na faixa 7) e Tom Whaley (drums). De quebra, ainda rola o grupo vocal gospel The Wings Of Song.
Eu já conhecia o Anderson, que costuma retomar a tradição em seus discos com um misto de homenagem e iconoclastia. No disco do Bennie o mesmo acontece. Ele parece nos dizer "olha, gente, já não dá mais para fazer o som como antigamente, mas ainda dá pra fazer um som arretado usando os elementos que nos foram legados". E isso acontece: polirritmia, polifonia, viagens atonais, blues, swing, spirituals, tudo é mesclado sem o menor pudor, produzindo uma tessitura impressionantemente alegre. Uma festa. Dêem uma conferida ali no Podcast Jazz Contemporâneo (deixarei duas faixas).
O link: Here!
6 comentários:
Bennie Rides Again http://jazzigo.blogspot.com/2008/02/bennie-wallace.html
Ele rides again mesmo, sendo que, no primeiro post eu forneci a dica do Porta Reserva, um chileno bom e barato. JL.
Pôxa, vida. Não é que o finado CD já havia falado do benny? Ainda bem que não se trata do mesmo disco.
Valeu o post, Vinhas. Esse disco é interessante (pelo que ouvi no podcast).
E CD, tens notícias?
A criação de espaço para a "praga" do maldito jazz contemporâneo, sugerida no jazzseen, por Oleari, parece que já está provocando resultados. Sr.Vinyl, o senhor tem o direito de escrever o que melhor lhe aprouver, pois o blog é seu. Mas, dizer que esse "troço" é jazz? Faça-me o favor! Porque você não vai caçar um cabrito no morro de Paul?
Vinyl:
Você foi rápido no gatilho. Quero acrescentar só que em primeiro lugar sempre fui avesso a rótulos -a não ser o do nosso velho parceiro, o Jack (o Jack Daniels); e também não se trata de "o novo pelo novo", mas, isto sim,juntar todo o grande acervo dos idos anos - o que vocês no jazz back'yard e o bando do jazzseen fazem muito bem - ao que foi surgindo e ao que está acontecendo pelaí.
Certamente, tem um bando de caras novos que beberam nas melhores fontes dos deuses musicais que desfilam aqui e no jazzseen, que estão por aí cultuando seus mestres e mandando um som atual ou ate prá frente.
Valeu o Bennie Wallace mais os do gospel aí.
O som fluiu bem nas minhas caixinhas.
Do Oleari, seu seguidor...
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