Eu já havia comentado com meus parceiros Vinhas e Salsa sobre a nova empreitada que, sorte ou azar, bateu à minha porta. Havia alguns detalhes para resolver (que já foram resolvidos) e agora posso anunciar oficialmente a minha viagem (sem data de retorno) para o coração da mãe África. Não se trata de tráfico de escravas brancas, nem de nenhum tabalho com a Blackwater, mas é algo que, por força de contrato, não posso divulgar (mistéééério). Sigo amanhã, no primeiro vôo. Esse, portanto, será meu último post aqui no nosso quintal.
Como temos falado do povo que vem ao festival de Ouro Preto, desencavei o único disco do guitarrista Kurt Rosenwinkel que eu possuo: Deep song. Para essa gravação de 2005, o guitarrista conta com a companhia do excepcional saxofonista Joshua Redman (que, como de hábito, mostra mais uma vez porque está no topo entre os jazzistas), do pianista Brad Mehldau, já venerado por muitos como "o" pianista da nova geração, do baixista também bastante requisitado Larry Grenadier e de dois bateristas: Jeff Ballard e Ali Jackson (este por mim desconhecido).
Rosenwinkel demonstra nesse trabalho a sua dicção jazzista, bastante contemporânea. Sua guitarra não dispensa os pedais, mas não tem aquele som saturado de um Scofield, por exemplo. Enfim, costuma-se dizer por aí que atualmente os músicos tentam forjar suas marcas via timbre do instrumento. Não creio que o trabalho de Kurt possa ser resumido a esse aspecto. O disco revela sua competência autoral com composições nas quais os músicos são convidados a mostrarem suas habilidades com seus instrumentos - convite ao qual não se furtam. Todos desempenham suas funções com maestria, e Kurt não foge à regra.
Vocês poderão conferir If I should lose you (um tema com pegada puxada pro bolero) e Synthetics no podcast de jazz contemporâneo
10 comentários:
Sr.Dias,com o advento da info a distancia de kms se torna milimétrica.De qualquer maneira, desejo-lhe sorte nessa nova e misteriosa jornada e caso tenha oportunidade conheça Johanesburgo e principalmente Cape Town, locais que apreciei bastante em viagem de turismo ao continente africano.Quanto ao Rosenwinkel que vou conhecer agora, o time promete.Edú.
Pelo que sei, Carlão é geólogo. O lance, então, deve ser mineração. Espero que traga alguns diamantes para nosotros.
Quanto ao Rosenwinkel, eu achei seu som parecido como do Mike Stern. O time é bom mas senti falta de uma pitada a mais de swing.
Bon voyage, CD!! Ñ vai poder postar por falta d tmpo, imagino. Sucesso na misteriosa empreitada e na volta quem sabe traga preciosidades... Musicais!
; )
Pois é,
se em Brasília já ficava difícil para uma visita, na África... E, pelo jeito, não será na África do Sul, mas sim em algum lugar ermo no centro do continente.
Vamos torcer para que o colega não seja vítima de algum entrevero tribal.
Quanto ao Kurt, o seu som é bem moderno, mesmo quando toca standards. Eu tenho um disco em que ele acompanha Eli Digibri, que é agradável.
Depois eu apresentarei para vocês
Der Samba ist nicht in erster Linie die Bezeichnung für
einen bestimmten Rhythmus. Der Samba ist die
brasilianische Musik, die sich aus der Verbindung der
drei Rassen, der Portugiesen, der Indianer und der
Afrikaner, die das brasilianische Volk ausmachen,
entwickelt hat. Der Samba ist bei uns beinahe eine
Sache des Blutes, der Name eines Gefühls
geworden.
Acabei de receber o mesmo comentário lá no sônico da alemã... Heide é femenino, né?
Enfim, boa Africa pra vc CD! Só não dê-se ao luxo de pegar um resfriado, mas isso te acontecer, evite os comprimidos! Se vcs vissem o documentário (GNT) sobre a pirataria e especialmente na Africa, sobre clonagem de remédios por lá... Até placebo, camaradas... Qualquer produto q venha de laboratório, aliás, pasta de dente, tbm! E sabonete, desodorante... CD, leve o supermercado e a farmácia de casa, no mais, é só diversão.
9s fora comprimidos e dentifrícios, o bom de Rede: nesses dias, menos de uma semana, pulando de blog em blog como de hábito atrás das dicas, conheci: Gigi Gryce (uns 3 álbus, o indicado abaixo incluso e ótimo!), Fabrizio Bosso (vários álbuns) destaque para "Trumpet Legacy", Renato Sellani, um monstro do piano, destacar um álbum é difícil, mas vou de "Thank you, George Gershwin" [2003] com Fabrizio. Um desses tantos músicos me levou a conhecer o guitarrista Anthony Wilson (ex da banda de Diana Krall) que vem a ser filho do Gerald trumpetista arranjador e aí caio no Jazzseen (pra variar) e, pra continuar variando, no comentário, quilométrico mas altamente informativo, de Edu sobre pai e filho... Ufa! Se os ouvidos agradecem, a coluna vertebral dá sinais de falência múltipla! Por enquanto, no entanto, "xá prá lá".
Baixando Gerald Wilson Orchestra e esperando maravilhas. Quanto ao Kurt Rosenwinkel aqui, tenho vários, o postado inclusive, mas o artista, descobri sozinho, anos passados na loja mesmo.
Grato, muito grato, gratíssimo! Não custa, vez por outra, registrar.
Grato pelo Km(rs,rs,rs).Gerald Wilson é o "creme de la creme" mesmo há dois meses de tornar-se nonagenário(com cd recente inclusive).Falando em nonagenário, um viva ao venerado Hank Jones que faz "noventinha" hoje,dia 31.Edú.
É aniversário do Bruno Venturim, meu jovem pianista. Espero que siga os passos de Hank.
"In My Time" (Gerald Wilson) 2005 mereceu um destaque, seu Edu. Discaço, meu camarada! Dis-caço...
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