sábado, 20 de outubro de 2007

O Royal Flush de Byrd

Meu caro CD, as palavras são traiçoeiras. O melhor mesmo é ouvir música. Fiz uma visita a um blog de jazz (você viu) e deixei uma mensagem que causou mal-estar, e, ainda por cima, respingou em você - me desculpe, se aquilo te incomodou. Mas, la nave va, a vida segue. Desisti de visitar outras praças, mas não desisti do blog. O Jazzigo é o nosso meio de comunicação para falarmos do que gostamos: jazz. Quando tive a idéia de criá-lo foi com a intenção de trocarmos nossas informações e até uns discos. Como já combinamos, caso você não tenha um dos discos comentados, eu deixarei um arquivo naquele endereço para que você possa baixá-lo. E ponto.
E por falar nisso, para afastar o baixo astral, estou ouvindo o disco "Royal flush", de Donald Byrd. É o tipo de disco que faz a gente esquecer qualquer confusão (digo mais: faz com que a gente não entenda porque a confusão existe). O barítono de Pepper Adams, mais o piano de Hancock (totalmente acústico), o baixo cool de Warren (usa o arco também), um comedido Higgins na bateria e Byrd (num momento lírico e melódico soberbo) formam um conjunto de harmonia ímpar. O disco tem seis faixas, das quais eu separei Requiem e I'm a fool to want you. Se você gostar, deixe o recado.

6 comentários:

Anônimo disse...

Qual é Vinyl? Tá preocupado? Relaxa e vamos ouvir jazz. Você já fez o upload desse disco?

Anônimo disse...

Eu fiquei chapado. Não tinha percebido que escrevi algo tão agressivo. O Salsa disse que era um lugar bom de freqüentar, mas eu me dei mal. como eu disse, vou ficar por aqui mesmo.
O disco já está lá.

Anônimo disse...

Prezados Vinhas e Cd,
Adotar o jazzigo não significa se enterrar nele. Vocês têm algo a compartilhar com outros navegantes. Esse disco, por exemplo, é muito bom. Observei que vocês não postaram nenhum link - a rede se constrói justamente com essas conexões. Vamos em frente e parabéns pelo blog.

Guzz disse...

Vinyl,
acredito que tenha se desfeito o mal entendido ocorrido no referido blog.
O grande prazer disso tudo é podermos compartilharmos o que realmente gostamos, e muito - música e jazz !
Acredito que a prova disso é o estreito relacionamento que temos, mesmo que "virtual", com o pessoal do jazzseen, que espero algum dia eu poder conhecê-los pessoalmente.
Fica aqui novamente o meu convite para que retorne e participe, assim como também estarei passeando por vossa página.
Mantém-se meus votos de boas-vindas a você e ao CD e a todos os que quiserem trocar dicas e falar do que realmente importa.

Grande abraço

ReAl disse...

Guzz,
Obrigado pela visita e pela gentileza. Às vezes eu passo por lá, mas não tenho deixado comentários.

Anônimo disse...

Infelizmente vc entrou de "gaiato" numa situação interna do CJUB e tem todas as razões pra se sentir melindrado. Mas o Gustavo , embaixador da boa concórdia do grupo e um dos editores executivos, apresentou suas escusas ,em seu espaço.Espero q leve isso em consideração.Pra raiva do Miles Davis quem iniciou de forma mais conservadora essa "coisa" de eletrificar o trumpete foi Donald Byrd.De uma forma bem menos audaciosa e "espalhafatosa",diria.A conseqüência natural e q Miles ampliou os contingente de fãs e os segregou entre , desde o final da decada de 60 até a sua morte, numa divisão entre os q preferem a sua fase elétrica e os da fase acústica.Com sua morte, 95% se converteram imediatamente a fase acústica, como as vendagens demonstram .Se isso impediu Donald Byrd de tornar-se milionário,consolidou as aspirações de um músico negro de formação universitária e ,por um periodo ,de formação militar.Com um timbre cheio q desenvolvia de forma natural e espontânea lindas linhas melódicas vibrantes .E uma das maiores influencias de Freddie Hubbard.Percorreu uma proximidade com a música comercial nos anos 70, época, q "periga" retornar na recessiva situação dos músicos de jazz e em geral, com downloads e copias pirateadas( amigas ou inimigas).Naquela época os músicos de jazz passavam provação em seu confronto com os teclados sonoros e seu efeitos adjacentes.A base desse disco é impecável: o prodígio, na época e sempre, Hancock, Pepper Adams o maior no instrumento na estória do jazz e a bateria sutíl e necessária de Higgins.Pra falar de Butch Warren vou abrir um pequeno adendo:estava em NY há 3 anos e li numa reportagem do Village Voice o relato de um repórter q recebeu a informação ,a confirmar, q Butch Warren, lendário baixista da fase Blue Note tinha morrido.O repórter e tb fã, foi fazer a investigação do obituário e descobriu q ele estava numa "casa de repouso" velhinho e sozinho.Quando o repórter foi entrevistá-lo, provocou novamente o brilho nos olhos da chama eterna da musica ao mencionar, fatos,datas e gravações e talvez tenha conseguido seu lugar especial no céu.Quando pego algum disco meu, em q esta no "time", lembro dessa estória e faço um voto positivo a ele.Outros cds ótimos de D.Byrd :House of Byrd,Byrd in Paris,Chant,Groovin for Nat, Blackjack.Edú