O caminho para Ouro Preto continua no mesmo lugar. Inclusive, em determinadíssimo ponto da fronteira ES/Minas, ainda existe a cidade mais feia do Brasil: Manhuaçu. Como das vezes anteriores, fui obrigado a atravessá-la lentamente por causa dos inúmeros quebra-molas e radares (50km/h). Surpreendi-me, no entanto, com o esforço de alguns moradores em serem rebaixados no infame rankink: havia algumas casas (furando o esquema das casas sem reboco) pintadas com vivíssimas cores.
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Seis horas de estrada e enfim, chegamos ao berço do já consolidado festival de controvertido nome: Tudo é Jazz, que esse ano homenageia o bom e velho Satchmo, a.k.a Louis Armstrong.
Infelizmente não pude assistir o meu herói Joshua Redman, que se apresentou no dia anterior ao lado de Eldar, o jovem filho das estepes russas. Segundo os amigos que assistiram o show, a participação de mr. Redman salvou o império russo de mais uma queda.
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Após breve périplo etílico-gastronômico pelos butecos ouropretanos em companhia de meu filho Victor e da amiga Zezé, segui para para o Parque Metalúrgico, onde acontecem as apresentações musicais.
A noite de sexta foi aberta com o show do para mim desconhecido grupo Rabo de Lagartixa, que passeia com elegância pelos gandes compositores da nossa música. O clima é predominantemente choro - muito bem executado, diga-se de passagem. Destaque-se os arranjos para algumas peças de Villa-Lobos. Como diz meu amigo Wilson Garzon "nem tudo é jazz, mas não deixa de ser interessante". Curtam aí um pouquinho de Villa-Lobos:
Lá pelas tantas, a primeira jam da noite. O grupo Rabo de Lagartixa recebe Anat Cohen para tocar um teminha do homenageado da vez: Louis Armstrong. Curtam um pedacinho:
O segundo show da noite foi com o 3 Cohens. A já conhecida tribo Tel-Aviv/New York mais uma vez não decepcionou. Avishai,Anat e Yuval, a cada dia que passa demonstram maior maturidade e desenvoltura com seus instrumentos. Suas apresentações sempre primam pela alegria, aspecto que coaduna perfeitamente com o espírito festeiro de Armstrong. Vocês podem sentir o clima ouvindo e vendo a interpretação de Cheek to cheek:
Lá pela tantas, os irmãos Cohen recebem a serelepe visita do arcano dos cantores de jazz: Jon Hendricks. Do alto dos seus oitenta e nove anos (ou mais), o papa dos vocaleses, apesar da voz já calejada pela longa história a serviço do jazz, ainda demonstra energia suficiente para balançar a platéia. Divirtam-se com o vídeo:
PS - Fui obrigado a reduzir a qualidade dos vídeos para postar no youtube. De qualquer modo, valeu a intenção. Depois eu apresento um pouco mais das outras atrações.
7 comentários:
salsa san,
grande relato e registro...obrigatô
abraçsonoros
Valeu, Pituco,
Ainda falta o sábado...
Como eu não fui desta vez, vou ver e ouvir o fstival pelas suas postagens.
Eu quis dizer "festival".
Mas tb não perdi tempo e fiz uma pequena temporada musical lá no Rio...
É, o Gustavo me falou
Muy buena reportagem, Mr. Salsa!
Senti-me em Ouro Preto, caminhando por suas íngremes ladeiras, prenhes de jazz e de história!
Valeu!
Excelente cobertura! Aguardamos o desfecho desta sinuosa aventura.
Grande abraço, JL.
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