O baixo acústico de Chambers soou profundo, iniciando o tema. Depois entrou um trompete de timbre encorpado, mas sem perder a ternura. Lírico. Um belo blues - Smithville - invade o final da tarde, início da noite, para deixar claro que esse território tem dono.
Desse modo, Louis Smith conquistou mais um seguidor - eu - para divulgar no emaranhado da rede o seu primoroso trabalho. Melhor ainda fica ao descobrir que ao seu lado está meu dileto Charlie Rouse, mais uma vez mostrando sua grande habilidade como instrumentista.
E começa o segundo tema - Wetu - um up tempo no melhor veio bop, em que o time mostra que entende do riscado. As frases de Louis, meu xará, são como relâmpagos cortando a noite. Magestosas. Powerful. Quase me faz esquecer de Sonny Clark extraindo pérolas do seu piano. enquanto Art Taylor conduz primorosamente sua bateria.
E assim prossegue Louis, seja blues, seja bop (ou hardbop, como queira), seja balada (Embraceable you), ele vai mostrando suas versatilidade, agilidade e sensibilidade nos temas que se sucedem. Anotem aí: Smithville, gravado em 1958, é um disco indispensável. Mando cinco estrelas em titubear.
Ouçam ali na radiola.
Link: Avax
10 comentários:
Dicaço, Mr. Salsa! Esse eu tenho e recomendo! É um petardo sonoro, bom prá ouvir a qualquer hora do dia ou da noite!
Como você bem frisou, 5 estrelas sem nenhuma contra-indicação!
Postei algo sobre o Smith há algum tempo no J+B, mas o disco era o também ótimo Here Comes Louis Smith.
Na vitrola, Clifford Brow detonando em Take The A Train, do álbum Study In Brown.
Abração!
Tá bem servido, mr. Érico, tá bem servido. Clifford também emociona...
E o miseravão ainda mandava apropriadamente no flugelhorn. Pra que isso gente?!
Grande dica!
pra nossa alegria e felicidade, mr. Lester. Bem-vindo
Realmente um álbum 5 estrelas, mr.Salsa. Smith, Rouse, Clark, Chambers e Taylor. Quer quinteto melhor que este?? Todos em grande forma, especialmente Charlie Rouse, que como você disse..."mais uma vez mostrando sua grande habilidade como instrumentista"..e eu acrescento "e como side-man". Rouse como líder não agradava tanto quando atuanva como side-man.Concordas? Muito bom o "Smithville", destacando-se o blues que dá nome ao disco e "Au privave".
Também acho isso, mas eu postei uns discos em que ele estava muito bem como líder. Está logo ali embaixo.
Ô¬Ô
Só discão em Mr. Salsa?
Louis foi mais um dos fenomenais underrated que povoam a história do jazz.
Muitíssimo bem lembrado
Abração
É verdade, Hot,
Tem uns camaradas por aí que, sempre na sombra, fazem um som espetacular.
salsa san,
pra nossa alegria e felicidade...é isso aí...obrigadão pela postagem
abraçsons
Bom mesmo...
ps.:Salsa, afinal vc mandou meu desenho?
Postar um comentário