A rapaziada costuma levar as coisas muito a sério, como se existisse essa seriedade toda. A minha implicância com baterista, por exemplo. Ela existe, do mesmo modo que existe com quaisquer outros músicos, digamos, excessivamente arrojados.
A gente está ali ouvindo um sonzinho, uma baladinha, quando, de repente, POU!, uma pancada intempestiva quase te derruba da cama. Às vezes pode ser apenas um problema de mixagem, outras vezes é efeito da mão pesada do camarada. Pode ser também um guinchado do saxofone fazendo a obturação do molar trepidar. Ou a verborragia do pianista que não suporta o silêncio entre as notas e por aí vai. Tudo isso é muito chato. A não ser quando é a gente quem faz, obviamente.
Agora, imagine-se numa casa com quatro baterista descendo a mão em seus tambores. O que pode parecer infernal quando pensamos a respeito, pode se revelar muito mais interessante quando ouvimos. Pois bem, estou às voltas com Louis Bellson, Shelly Manne, Willie Bobo e Paul Humphrey. O disco The drum session foi gravado em 1974, tendo Oliver Nelson como produtor. Os meninos passeiam por uma bem articulada série de variações ritmicas que agradará os fãs das baquetas e tambores. Destaque-se o pessoal que encarregado da harmonia e melodia: Bob Bryant (trumpete e flueghel), Jerome Richardson (Tenor e flauta), Mike Wofford (teclados) e Chuck Domanico (baixo).
Ouçam ali no podcast Quintal do Jazz.
Link: Avax
PS: A ordem dos solos: Bellson, Bobo, Humphrey e Manne.
19 comentários:
Mestre Salsa, um verdadeiro achado. Faz lembrar Garibaldi e seu baterista maneta, o modelo onírico do percussionista cool.
Mas, posso adiantar, nada disso poderá aplacar o ânimo homicida de Mr. Tandeta e a profunda mágoa de Mestre Olney. Creio que os dois levarão alguns bons anos para perdoá-lo pelas injúrias que professaste contra os bateristas.
E viva o baterista maneta!!!
JL
Nada disso, Lester; de minha parte, não discordo muito do argumento do Salsa.
Até o reforcei num comentário que fiz lá no Jazzseen, que o Tandeta rebateu dizendo que eu havia tomado o "bonde errado"; não entendi o que ele quis dizer, mas deixei pra lá.
Eu sou um dos que condenam QUALQUER instrumentista "esporrento".
Quanto ao disco postado, um espetáculo!
Boa noite, Salsa.
Não sei por que, mas acho que seu post sobre os 4 grandes bateristas é, antes de tudo, uma belíssima homenagem ao nosso querido Olney, que muito ama o inntrumento.
Bem, se assim não foi, peço-lhe permissão para dedicar este seu excelente post a Olney.
Um abraço a todos!
High level, Mr. Salsa!!!
Assim o Tandeta vai pirar!!!
E concordo com meu compadre: essa postagem deve ser dedicada ao Mr. Fig, o Olney.
No mais, lancemos a campanha (via jazzbackyard, jazzseen e jazz + bossa): "Não espanque a pobre bateria. A vítima pode ser você".
Abração!
Prezados amigos,
Não tem essa de vendeta. O som supera tudo.
Pelo jeito, Celijon e Érico, em breve nos veremos.
salsa san,
piramidal...e vivam os tocadores de tambores e pratos...rs
e tô curtindo pacas o podcast...supermellow
abraçsons
Salsa,
a rima é muito boa , que voce é malandro eu ja tinha percebido.
Ficar sentado por horas numa bateria ha exatos 40 anos deve ter como efeito colateral uma visão bem distorcida da vida e da musica. Dessa distorção faz parte eu levar a serio,muito a serio,tudo que envolva bateria. E Art Blakey é sagrado pra mim. Sou um distorcido se comparado a voce e os demais amigos. Mas nada ha a se fazer ,cada um carrega seu fardo. No meu caso a bolsa das ferragens é que pesa bastante mas agora tenho um carrinho muito bom para carregar essa traquitana.
E digo ao amigo Olney que ele esta em excelente companhia:todos tomaram o bonde errado. A viagem com certeza sera divertida e muito instrutiva tendo como provavel fundo musical suaves interpretações de stadards.
Sobre esse disco postado aqui:
excepcional escolha,eu ja conheço esse disco . Com esses nomes,Louie Bellson,Shelly Manne e Oliver Nelson podemos apostar no escuro que a musica sera sempre da melhor qualidade.
Quem sabe se no futuro apareça a oportunidade de nos conhecermos pessoalmente e voce me considere esporrento? Seria uma grande realização estar na mesma categoria que Art Blakey.
Abraços a todos
Se você prometer não mandar a baqueta na minha bem cuidada calva, será um prazer ouvi-lo e aos seus companheiros sonoros.
Se e o sr.Tandeta quiser, poderá me contratar para carregar a sua bolsa de ferragens.Terei o maior prazer e ainda por cima não vou cobrar nada. Quem se espelha em Art Blakey só pode ser um ótimo baterista e não deves fazer de seu instrumento um "fardo". Um dia terei a oportunidade de assistí-lo tocar, mr.Tandeta!
Salsa,
pelo que ja deu pra perceber o tipo de briga que voce gosta é exatamente igual ao que eu gosto. Sem vencedores e todos ficam felizes ao final.Voce entende,com certeza.
Nada de violencia,até porque baquetas ,das boas,são importadas e custam caro.
Aproveitando o "momento reconciliação": linda ilustração essa que abre o blog. Quem pintou,voce?
Predador: esta contratado.
Abraços a todos
Pois é, andei pegando umas aulas com Lester. Já consegui pintar duas telinhas.
... e quem falou que eu não gosto de Art Blakey?
Viva o jazz!
Celijon e Érico, obrigado pela ref. ao meu nome.
ps.: continuo sem saber que "bonde" é esse...rs....
Seu Salsa, disquinho q me encheu de curiosidade, mais uma vez (espero) distraistes no link. Eu disse espero pq, antes de reclamá-lo, corri atrás de todo jeito, então espero pq aqui é a ultima esperança.
Abraços!
Corrigido, Sêo Sérgio, corrigido.
Viva o hard bop !!!!!
Discaço, seu Salsa, tens meu votovirtua. És o capixaba do ano!
Sou um amante da percussão e fiquei simplesmente encantado com este álbum !!!!!
Choveu sérgios no quintal. Bem-vindos os amigos.
Valeu o voto, serjão.
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semelokertes marchimundui
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