terça-feira, 4 de agosto de 2009

Clay & Newman

Em 1960, Julian Adderley, também conhecido como Cannonball, resolver arregaçar as mangas e investir sua energia na produção de trabalhos de músicos que, para ele, deveriam ter maior espaço entre os apreciadores do bom jazz. Peixe vendido para a Riverside, o nosso altoísta produziu o primeiro lp: The sound of wide open spaces!!!

Não, senhoras e senhors, não se trata de nenhum som psicodélico advindo de outras galáxias. Wide open spaces é uma referência aos campos do Texas, terra dos saxofonistas James Clay e David "Fathead" Newman. Para Cannonball, esses dois seriam os primeiros bons saxofonistas que surgiram após Illinois Jacquet e Cobb, os mais famosos jazzistas da região até então.

David "Cabeção", 30 anos à época dessa gravação, teve sua história forjada em grupos r&b (Lowell Fulton, T-Bone Walker, Ray Charles) e chamou a atenção de Cannonball pela peculiar sonoridade que ele tirava de seu tenor: forte e com acentuado brilho. James Clay (que, além do tenor, também encara a flauta) contava com 24 aninhos (estava na estrada havia quatro anos). Logo que chegou à Califórnia (1956), após suas primeiras apresentações a receptividade foi tão boa que ele foi convidado para gravar um disco. Problemas familiares (morte de parente), no entanto, obrigaram-no a se afastar da cena musical por um bom tempo. Cannonball, que lá estava, não se esqueceu do talentoso jovem e o convidou para retomar a ribalta. Para completar o combo, foram chamados os craques Wynton Kelly (piano), Sam Jones (baixo) e Arthur Taylor (bateria). Cozinha de primeira a serviço dos chefs da hora.

O resultado do disco vocês poderão conferir ali no podcast Quintal do Jazz

7 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Graaaaaaaaaaande disco, Mr. Saalsa - estava na minha mira para uma futura postagem.
E o nosso querido Bala de Canhão ainda produziria, no mesmo ano, o fabuloso The Resurgence of Dexter Gordon!
Abração!

jazzlover disse...

Gostei do novo layout do Blog ! Quanto ao James Clay com o Fathead adoraria que me fosse dado conhecer seu endereço. Que dupla !!

Salsa disse...

Érico,
Curto de montão o Dexter, mas não tenho esse disco. Vou procurar por aí.
Prezado Jazzlover,
Eu procurei mas não achei nenhum link desse disco. Depois a gente tenta te arranjar uma cópia. Pretendo postar outro disco do Clay. Aguarde.

John Lester disse...

Por sorte, tivemos a alegria de postar algo sobre esse álbum no Jazzseen. Vale quantos posts vierem, ouviu Mr. Cordeiro?

Grande abraço, JL.

Salsa disse...

Aliás, a cópia que possuo veio da discoteca dpo grande Lester. Agradeço emocionado.

Érico Cordeiro disse...

É, mas depois da postagem do Mr. Salsa, acho melhor dar um tempinho.
Valeu Capitão Lester!

jazzlover disse...

Valeu grande Salsa,eu não conhecia o James Clay, gostei do que ouvi ai em seu podcast.Do David Fathead tenho alguns trabalhos que ouço com alguma frequência. Obrigado por sua costumeira atenção, forte abraço !