A radiola do jazz contemporâneo anda meio abandonada. Tenho ouvido pouca coisa da nova geração, fato que resulta em tal abandono. Imbuído no intuito de reverter esse quadro, procurei na rede e achei um som curioso de um país do norte europeu chamado Cymru (pronuncia-se kâmiru), também conhecido como Wales ou País de Gales. O músico é um celta, pois.
Não pensem que vai rolar um daqueles sons new age ou algo próximo às macumbas de Merlin via ECM. Não é disso que se trata. O pianista Gareth Williams trafega em outra área. O que me atraiu foi, além da estranha capa, o nome do grupo: Gareth Williams Power Trio. Fiquei imaginando o que esse celta (que deve ser maluco como todo celta) faria com o bom e velho jazz. Surpreendi-me com o resultado.
Shock é seu primeiro disco (2008) e traz um bom equilíbrio entre elementos modernos (piano elétrico, funky, baixo elétrico e tal) e o mainstream jazzístico. Seus parceiros na empreitada são Lawrence Cottle (baixo) e Ian Thomas (bateria). Gareth explica que o nome Power Trio não tem nada a ver com barulho e porradaria rocker, tratar-se-ia de um lance do pulsar do coração. Suas influências vão de Mahler à banda Thin Lizzy (que será motivo de futuro post lá no meu blog de rock'n'roll), passando por Bill Evans.
Deixarei, como de hábito, duas faixas no podcast do Jazz Contemporâneo.
Link: Here!
11 comentários:
signori salsa,
de fato não é som new age, macumba celta..hehehe
mas, um sonzaço com muito mood...parafraseando mr.marcus miller...smoking,cool!
obrigadão pela dica...
abraçsonoros e pacíficos
mas, peraí...o camarada é cifrudo?
só agora notei a foto do figuraça...duas árvores de natal, uma de cada lado...com luzinhas piscando e o escambau...hahaha...ma che bruta sbórnia...rs
e viva a insônia em prol da música.
é isso aí
O som é legal! Gostei...
Não disse que os celtas são malucos? Creio que isso (os chifres) tem a ver com um dos inúmeros mitos que povoam aquela terra de doidos.
Seu Mr. Salsa,
É, o cara tem a maior cara de nerd (e um nerd chifrudo, ainda por cima), mas o som é interessante. Gostei mais da primeira, a segunda é meio funky pro meu gosto (tem um quezinho de Pink Floyd - Dark Side Of The Moon, de psicodelia).
Valeu!
Se puderes, ouça as outras faixas. Só achei dispensável a versão de Giant Step - todos os novos músicos inventam de tocar esse tema, mas nada acrescentam.
Boa indicação. Anotada.
Grande abraço, JL.
É sempre bom saber de outros artistas de outros países que fazem jazz, Já descobri coisas da Suécia, Macedônia, Áustria, Rússia, Japão e outros. Abraço à todos...
Bem-vindo, mr. Fábio,
Dizem que o jazz anda forte lá pelos lados da antiga união soviética. Postarei algo em breve.
Abraços,
gostei do som !
o primeiro tema tem mesmo o jeitão do Bill Evans
e como o baixo elétrico dá uma atmosfera diferente
abs,
Prezado Guzz,
Os outros temas também são apetecíveis. Vale a conferida
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