 João Luiz Mazzi, um dos patronos do Clube das Terças (reunião de amigos vitorianos apreciadores do jazz), fez chegar às minhas mãos e ouvidos um disco curioso do longevo Lee Konitz. Para quem não conhece, Konitz é um dos altoístas que mais gravaram (adorava fazer um duo). São quase sessenta anos pilotando seu sax alto. Calcule aí a discografia do camarada: dois discos em média por ano (sendo que dos anos oitenta para cá ele costuma gravar três ou quatro, às vezes mais) - é disco para encher estante. Eu, especificamente, gosto do período em que ele estava ao lado de Tristano, nos anos cinqüenta.
João Luiz Mazzi, um dos patronos do Clube das Terças (reunião de amigos vitorianos apreciadores do jazz), fez chegar às minhas mãos e ouvidos um disco curioso do longevo Lee Konitz. Para quem não conhece, Konitz é um dos altoístas que mais gravaram (adorava fazer um duo). São quase sessenta anos pilotando seu sax alto. Calcule aí a discografia do camarada: dois discos em média por ano (sendo que dos anos oitenta para cá ele costuma gravar três ou quatro, às vezes mais) - é disco para encher estante. Eu, especificamente, gosto do período em que ele estava ao lado de Tristano, nos anos cinqüenta.domingo, 30 de novembro de 2008
Lee Konitz - Motion
 João Luiz Mazzi, um dos patronos do Clube das Terças (reunião de amigos vitorianos apreciadores do jazz), fez chegar às minhas mãos e ouvidos um disco curioso do longevo Lee Konitz. Para quem não conhece, Konitz é um dos altoístas que mais gravaram (adorava fazer um duo). São quase sessenta anos pilotando seu sax alto. Calcule aí a discografia do camarada: dois discos em média por ano (sendo que dos anos oitenta para cá ele costuma gravar três ou quatro, às vezes mais) - é disco para encher estante. Eu, especificamente, gosto do período em que ele estava ao lado de Tristano, nos anos cinqüenta.
João Luiz Mazzi, um dos patronos do Clube das Terças (reunião de amigos vitorianos apreciadores do jazz), fez chegar às minhas mãos e ouvidos um disco curioso do longevo Lee Konitz. Para quem não conhece, Konitz é um dos altoístas que mais gravaram (adorava fazer um duo). São quase sessenta anos pilotando seu sax alto. Calcule aí a discografia do camarada: dois discos em média por ano (sendo que dos anos oitenta para cá ele costuma gravar três ou quatro, às vezes mais) - é disco para encher estante. Eu, especificamente, gosto do período em que ele estava ao lado de Tristano, nos anos cinqüenta.quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Blue Mitchell - A sure thing

Aos visitantes
 Às vezes eu dou uma circulada pelo mapa dos visitantes (ao lado) para visualizar aqueles que mais prestigiam este sítio. No Rio, possivelmente o campeão é o Sérgio Sônico. Em BH, a reincidência deve ser por conta do chapa Wilson Garzon, mas tem outros contumazes navegadores espalhados pelo Brasil varonil. Descobri, vejam só, um visitante no interior do interior do Mato Grosso, no meio da floresta (quero crer que a foto do satélite não seja muito antiga), entre Guaraná do Norte e Peixoto Azevedo, à margem de um rio e próximo a um grande lago - será uma tribo jazzista ou será, de acordo com Salsa, o professor Benjamin, que desapareceu durante um safari na região? Vá lá saber...
Às vezes eu dou uma circulada pelo mapa dos visitantes (ao lado) para visualizar aqueles que mais prestigiam este sítio. No Rio, possivelmente o campeão é o Sérgio Sônico. Em BH, a reincidência deve ser por conta do chapa Wilson Garzon, mas tem outros contumazes navegadores espalhados pelo Brasil varonil. Descobri, vejam só, um visitante no interior do interior do Mato Grosso, no meio da floresta (quero crer que a foto do satélite não seja muito antiga), entre Guaraná do Norte e Peixoto Azevedo, à margem de um rio e próximo a um grande lago - será uma tribo jazzista ou será, de acordo com Salsa, o professor Benjamin, que desapareceu durante um safari na região? Vá lá saber... Empolgado, resolvi atravessar o Atlântico para conferir como está a freqüência daquelas bandas. Lá encontrei, entre outros, em Lisboa, no Largo das Olarias, num sítio chamado Socorro (entre Sta. Justa e Graça), próximo a uma área verde (um parque, possivelmente), um amigo transatlântico. Portugal, destaque-se, tem uma cena jazzista bastante expressiva (em breve postaremos alguma coisa sobre a produção dos lusos).
Empolgado, resolvi atravessar o Atlântico para conferir como está a freqüência daquelas bandas. Lá encontrei, entre outros, em Lisboa, no Largo das Olarias, num sítio chamado Socorro (entre Sta. Justa e Graça), próximo a uma área verde (um parque, possivelmente), um amigo transatlântico. Portugal, destaque-se, tem uma cena jazzista bastante expressiva (em breve postaremos alguma coisa sobre a produção dos lusos).segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Blue Mitchell - Big 6

domingo, 16 de novembro de 2008
Eli Degibri - um bom começo
 E por falar em novos nomes do jazz, ouvi o saxofonista Eli Degibri. O cd In the beginning (2003) me surpreendeu com a boa mescla do contemporâneo com a tradição. A equipe, como diz Salsa, é da confraria NY-Tel Aviv: o guitarrista Kurt Rosenwinkel e o pianista Aaron Goldberg mais Jeff Ballard e Ben Street compõem o quinteto liderado por Eli.
E por falar em novos nomes do jazz, ouvi o saxofonista Eli Degibri. O cd In the beginning (2003) me surpreendeu com a boa mescla do contemporâneo com a tradição. A equipe, como diz Salsa, é da confraria NY-Tel Aviv: o guitarrista Kurt Rosenwinkel e o pianista Aaron Goldberg mais Jeff Ballard e Ben Street compõem o quinteto liderado por Eli. 
Achei na rede um comentário do vizinho John Lester (jazzseen), muito bem escrito, que reproduzo sem a devida autorização:
"Esse saxofonista judeu não coloca mais seu estojo na calçada para recolher nossas moedas. Nem cobra aqueles juros extorsivos denunciados por Lima Barreto em seu clássico Bruzundanga. Eli é apenas um grande músico, ainda não muito conhecido por aqui, mas que já anda aprontando as suas na cidade que hoje mantém o jazz vivo: New York. Começou a estudar música aos 7 anos e aos 16 já tocava profissionalmente. Primeiro músico judeu a receber bolsa integral para Berklee (imaginem a felicidade dele!), foi também um dos poucos bolsistas integrais (apenas 6 em todo o mundo) no Thelonious Monk Institute. Além de competente arranjador e compositor, Degibri possui uma sensibilidade bastante inusitada, considerando que o mundo do jazz contemporâneo tem se dedicado bastante ao tecnicismo irascível e ao academicismo afetado. Para mim existem traços claros de John Coltrane e Sonny Rollins em sua sonoridade e discurso, combinados em doses adequadas e equilibradas: inventividade e potência, graça e força, todas simetricamente dosadas por sua voz própria e original. Após tocar com gente como Herbie Hancock, Al Foster, Ron Carter e o brasileiro Paulo Braga, Eli merece a boa acolhida que tem recebido no meio jazzístico, com apresentações e gravações como líder de seus próprios grupos e álbuns".
Deixarei as faixas Cherokee e Shoohoo no podcast do Jazz Contemporâneo.
Pé de página:
Um bom começo?
ou
Silêncio, por favor, a música merece ser ouvida!
Foi inaugurada, ontem, a casa de shows Spirito Jazz. Não fui convidado, periferia que sou. Um amigo foi e me disse que o espaço é muito bom. Disse-me a testemunha que o show não foi de jazz, mas Filó é um grande músico. O que atrapalhou foi a ala vip, os "entendidos de música" convidados: estavam se lixando para o show de Filó Machado. A falação dominou o ambiente - total descaso com o músico convidado para a inauguração. É aquela história: o mau hábito de só freqüentar boteco e achar que música é trilha sonora para conversa (como acontece em botecos de Vitória). O que não acontecerá quando o restaurante for inaugurado? É uma pena.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Shades of Redd
 A demora (uma semana já se passou) para postar mais alguma boa nova é justificável. Eu aguardava outros discos com Tina Brooks. Recebi um de um amigo em arquivo hermético (M4A), o qual não consegui abrir. O outro, liderado pelo pianista Freddie Redd, está, para minha alegria, em pleno funcionamento.
A demora (uma semana já se passou) para postar mais alguma boa nova é justificável. Eu aguardava outros discos com Tina Brooks. Recebi um de um amigo em arquivo hermético (M4A), o qual não consegui abrir. O outro, liderado pelo pianista Freddie Redd, está, para minha alegria, em pleno funcionamento.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Tina Brooks
 Quatro discos foram o legado do tenorista band leader Tina Brooks aos mortais. Acho mais que suficiente. Costumo dizer aos meus amigos: se todos conseguissem fazer uma coisa boa durante a vida (um verso, um poema, um conto, uma crônica, uma música) o mundo seria outro. Tina fez quatro. Salvou, com seu gesto criador, um monte de almas da quinta dos infernos.
Quatro discos foram o legado do tenorista band leader Tina Brooks aos mortais. Acho mais que suficiente. Costumo dizer aos meus amigos: se todos conseguissem fazer uma coisa boa durante a vida (um verso, um poema, um conto, uma crônica, uma música) o mundo seria outro. Tina fez quatro. Salvou, com seu gesto criador, um monte de almas da quinta dos infernos. O que dizer da cozinha? Jordan manobra seu piano como poucos, Sam Jones mantém aquela pegada firme (seus patterns são muito bem elaborados e dão uma cor moderna ao trabalho), Art Taylor está elegante em todas as faixas.
O que dizer da cozinha? Jordan manobra seu piano como poucos, Sam Jones mantém aquela pegada firme (seus patterns são muito bem elaborados e dão uma cor moderna ao trabalho), Art Taylor está elegante em todas as faixas.domingo, 2 de novembro de 2008
Chano Dominguez - O novo som flamenco
 Ao chegarmos à casa, lá estava o pianista Chano Dominguez (*Cadiz, 1960) cuja formação não poderia deixar de ter uma boa dose de flamenco. No seu "myspace", ele nos conta que começou com o violão (na orelhada) e, depois, quando já encarava os teclados, fez algumas incursões no cenário rock'n'roll. Sua alma experimental, no entanto, o levou ao jazz e, a partir daí, a coisa mudou. O espanhol rapidamente tornou-se conhecido no meio jazzy e desenvolveu trabalhos com fugurinhas como Paco de Lucía, Joe Lovano, Herbie Hancock, Jack DeJohnette e Wynton Marsalis com a Lincoln Center Jazz Orchestra.
Ao chegarmos à casa, lá estava o pianista Chano Dominguez (*Cadiz, 1960) cuja formação não poderia deixar de ter uma boa dose de flamenco. No seu "myspace", ele nos conta que começou com o violão (na orelhada) e, depois, quando já encarava os teclados, fez algumas incursões no cenário rock'n'roll. Sua alma experimental, no entanto, o levou ao jazz e, a partir daí, a coisa mudou. O espanhol rapidamente tornou-se conhecido no meio jazzy e desenvolveu trabalhos com fugurinhas como Paco de Lucía, Joe Lovano, Herbie Hancock, Jack DeJohnette e Wynton Marsalis com a Lincoln Center Jazz Orchestra. 
 A linguagem desenvolvida por Chano Dominguez não nega suas raízes hispânicas. O flamenco permeia todo seu trabalho, mas é inflado com diversos rítmos e com a indefectível pegada do jazz e pitadas do rok'n'roll. Isso vocês poderão conferir no excelente New flamenco sound. Ali, a passionalidade flamenca é disseminada em cada nota tocada, em cada harpejo, mas está ancorada na estrutura do jazz contemporâneo. É um trabalho que pode incomodar os puristas das duas vertentes, mas é inegável a sua qualidade. Confiram ali no podcast do jazz contemporâneo.
A linguagem desenvolvida por Chano Dominguez não nega suas raízes hispânicas. O flamenco permeia todo seu trabalho, mas é inflado com diversos rítmos e com a indefectível pegada do jazz e pitadas do rok'n'roll. Isso vocês poderão conferir no excelente New flamenco sound. Ali, a passionalidade flamenca é disseminada em cada nota tocada, em cada harpejo, mas está ancorada na estrutura do jazz contemporâneo. É um trabalho que pode incomodar os puristas das duas vertentes, mas é inegável a sua qualidade. Confiram ali no podcast do jazz contemporâneo.PS - No blog SérgioSônico vocês encontram o cd Hecho a mano.
 
