Por estar com problema em seu computador, Salsa enviou-me o texto para que eu providenciasse a sua publicação. Tarefa cumprida:
Bill Berry, o cornet man, (a corneta é a prima baixinha do trompete, que anda meio sumida entre os jazzistas contemporâneos) é mais um que consta da discoteca de Reinaldo. Foi-me cedido dois exemplares: um, gravado em '78, e intitulado Shortcake, outro, de '76, com sua Big band, intitulado Hello Rev. Destaquemos que ele foi habituado às big bands (trabalhou com Herman, Ellington, Ferguson e Jones/Lewis). Não é de surpreender, pois, que se arvorace a líder de uma orquestra. A L.A. Big Band contava com, além de Berry, Cat Anderson, Gene Coe, Blue Mitchell, Jack Sheldon (trumpets), Jimmy Cleveland, Tricky Lofton, Benny Powell, Britt Woodman (trombones), Richie Kamuca, Don Menza (tenor saxes), Lanny Morgan, Marshall Royal (alto saxes), Jack Nimitz (baritone sax), Dave Frishberg (piano), Monty Budwig (bass), Frankie Capp (drums). Logo de cara, na faixa-título, o pessoal faz os instrumentos falarem. Esse pobre ouvinte caiu no meio de um papo em que os trombones de Cleveland e Trofton criam um fantástico clima de conversa entre dois amigos. Para mim, já paga a aquisição do disco. Sensacional.
O disco com small group, Shortcake, não fica muito atrás. São dois times, um quinteto e um septeto, liderados por Bill, que se revezam nas interpretações dos temas. O quinteto conta com Dave Frishberg - piano, Mundell Lowe - guitar, Monty Budwig - bass, e Frankie Capp - drums. O hepteto vem com Bill Watrous - trombone, Marshall Royal - alto sax e clarinet, Lew Tabackin - tenor sax e flauta, Alan Broadbent - piano, Chuck Berghofer - bass, e Nick Ceroli - drums. Diverti-me um bocado com a interpretação de Royal Garden Blues. A rapaziada manteve o clima tradicional do tema, com aquela alegria dixie. Bill Berry soube arregimentar uma equipe e tanto, que, frisemos, sob sua batuta, produziu momentos bastante interessantes.
Deleitem-se com Hello Rev e Royal Garden Blues.
8 comentários:
Que papa agradável de se ouvir !
Mesmo não estando presente participei da conversa como um bom ouvinte que sou...
valeu !
Edinho
e a música soa e sua da algaravia da via dos encontros, tão improvisados quanto as batidas jazzísticas.
abraço,
luis
Vinyl,
Obrigado pelo post. Na próxima vez, eu mesmo faço o trabalho: meu computador voltou a funcionar.
Edinho,
Foi uma das sessões mais interessantes que eu ouvi ultimamente. Os trombones estão demais.
Luis,
apareça mais. Aqui sempre tem música para mesclar com a sua poesia.
Sou suspeito para falar, mas a discoteca do Rei, que mr Salsa está divulgando no Jazzigo é toda de primeira,conheço-a de cabo a rabo. Existem algumas exceções: os quatro discos de Charles Mingus(será que Salsa terá coragem de divulgá-los?), bastante difíceis de assimilar. De resto é o puro e bom jazz.
Salsa,
Eu indiquei o Jazzigo num txt -infame- no meu blog e fiquei d dizer direito onde c toca às quartas. Onde eh, msm?
T+
Valeu, Gabi. deixei as informações lá no seu blog.
Se o Salsa não tiver coragem, eu tenho. Mingus, Mingus, Mingus, forever.
Só de pirraça, linkei vcs também.
Abs
Acir Vidal
www.contraovento.blogger.com.br
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