A terceira via do jazz propõe a aproximação com a música erudita (ou clássica, como queiram). Desde os anos cinquenta, creio (corrija aí, Lester), tenta-se articular esses dois campos. Acho que uma das seqüelas daí decorrente é o jazz "cabeça" que tem rolado por aí - aquela coisa fria, sem balanço, belo como um iceberg no oceano. Beleza fria. Mas nem sempre é assim. Vez ou outra aparece um disco em que pegam um autor clássico e interpretam-no com o suíngue do jazz, ou, a maneira de Tristano, compõem peças nas quais as informações clássicas/eruditas estão fortemente presentes (sem perder o balanço).
É justamente isso que eu estou ouvindo: John di Martino's Romantic Jazz Trio - Jazz Mozart. O trabalho do jovem e muito bom pianista (50 anos) tem suas raízes fincadas no mesmo quintal de seus professores Lennie Tristano e Don Sebesky, ambos mestres da thirdstream.
São seus colaboradores na delicada tarefa de reinterpretar Mozart o baixista Boris Koslov e o baterista Ernesto Simpson. Não sei o que dirão os puristas eruditos, talvez execrem a obra, mas, para mim, o resultado foi agradável.
Ouçam ali no podcast os temas Lacrymosa (requiem k696) e The fire of passion (concerto para piano #24 em C menor K491)
Link: Avax
18 comentários:
Aí, seu salsa, vou soltar o verbo quase feito o Don (Oleari): eu si amarro nessa vertente crássica do jazz. Não sei se dei sorte, afinal a bola procura o craque (rs), mas os discos q tenho nessa praia são muito bons.
Vou atrás desse pq o passe, vindo de quem vem, ja vem açucarado.
Ah, e vá conferir minha última postagem John Proulx. Acho q vais curtir.
Seu salsa, testa esse link rapdshare por favor, o disco não aparece no soulseek e agora fiquei fissurado...
Grato.
Mestre Salsa, senti q vc não vai muito com a música erudita, rss.
Eu gosto...Todo domingo coloco alguma coisa do gênero.
Já sobre jazzistas re-arranjando temas clássicos, cito algumas do grande Ellington, como por exemplo, o Quebra-Nozes de Tchaikovski.
Já sobre o réquiem de Mozart tô meio com medo de ouvir o q fizeram... Acho a obra original perfeita (e é uma de minhas favoritas).
À propósito, vc toca sax? É q eu toco e queria saber se vc tem ou sabe onde tem partituras (principalmente de jazz) para mim baixar.
Abç! E bom fim de semana!
Ô sérgio,
O link leva á página. Lá, no fim, está escrito DLINKS: >>here<<. Clique no here.
Rodrigo,
No link http://avaxhome.ws/ebooks/music/the_real_book_volume1_2_3.html
você encontrará três livros, mas acho que está escrito para piano/guitarra. Tente programas tipo e-mule, torrent e por aí a fora que você achará livros em Eb e Bb (alto e tenor).
Mestre Salsa,
Você conhece o Jacques Loussier, com suas swingantes interpretações da obra de Bach?
Abração!
salsa san,
não sou purista, nem poderia sê-lo, porque nós além de ouvintes 'fazemos' música...não é isso?...
contudo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...hehehe
é isso aí,
abraçsons
Obrigado Salsa, vou lá conferir!
Seu salsa, eu sei como é o sistema. Baixo disco aqui direto, c sabe. Mas o rapidshare tá dando error. Por isso q te pedi pra testar, se puderes me passar outro link pra esse álbum, ficarei amarradão.
Abraços.
Sérgio, aqui tudo funciona bem. Às vezes acontece de o rapidshare restringir os slots para download. Aé só nos resta esperar.
Eu gosto dessa fusão.
A segunda faixa qeu vc citou não aparece no podcast...
Ah! Legal Isso! Tem também um ótimo disco do Ramsey Lewis Trio que tem dois trechos de Clássicos.
O CD se chama Time Flies e tem uma parte famosíssima da Sinfonia no 3 de Brahms e a ária "air" de Bach.
Salsa; Positivamente não dá para baixar o Mozart. Qdo. Rapid aceita, baixa apenas o documento. Me ajuda. Obrigado. Ronnie
Nesse documento estão os links (arquivos flac e mp3) - escolha um deles. Os links para mp3 são dois (ou seja, desce mais rápido). Copie um de cada vez e cole na barra de busca.
Valeu, Salsa; Um Discão, Muito obrigado. Ronnie
Mestre Salsa, boa recomendação. Não conhecia o trio que, numa primeira audição, promete.
Grande abraço, JL.
Wynton Marsalis teve um sonho, após ter gravado um "Trumpet Concerto" de Haydn, no qual o próprio compositor austríaco corria atrás dele, com um tridente, a persegui-lo pelo absurdo que é fundir jazz e erudito.
Sei que a gravação do Marsalis nada tinha a ver com jazz, pois ele executava realmente temas clássicos. Mas vale apenas como intróito para afirmar que esse negócio de terceira via é chato de doer.
Abraço.
rs
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