A Califórnia, todos sabem, produz bons vinhos, tecnologia de ponta, tem belas praias, tem um governador chamado Arnold que pretende taxar a maconha (enfim, a pretendida liberação não se dará em função do bem-estar público, mas sim por razões econômicas). Mas o que me interessa mesmo é que a Califórnia foi (não sei se ainda é) um celeiro e pólo atrator de excelentes jazzistas.
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Trago-vos, hoje, mais um interessante grupo que brotou na costa oeste:
The Five. Liderado por
Pete Jolly, que não é da
Califórnia mas de
Phoenix, no
Arizona - região mais conhecida por produzir bois e vaqueiros do que jazzistas. Pelo jeito, antes que fosse capturado pelo destino de percorrer campinas com algum outro galhardo cowboy e se tornar motivo de filme,
Pete se mandou para
LA para montar seu grupo de jazz. Uma boa escolha para nós, apreciadores do jazz. Eu o achei - e vocês poderão conferir - um pianista comedido mas capaz de impor boa dose de felling em suas performances. O rapaz manda muito bem.
Pois bem, um dia (ou noite) Shorty Rogers o ouviu em um buteco e também gostou do moço. Daí a convidá-lo para trabalharem juntos e, depois, se propor a arranjar o disco que ora vos apresento foi só um passo. Reunidos o excelente tenorista Bill Perkins, o trompetista Conte Candoli, o baixista Buddy Clark e o baterista Mel Lewis, formou-se, sob a batuta rogersiana, o The Five. O resultado, meus amigos, é agradabilíssimo.
Brindemos, pois, ao dia nove de março de 1955, que deixou de ser um dia qualquer a ser excluído do calendário e se tornou o dia em que The Five e mr. Rogers nos legou esse belo trabalho.
Ouçam ali no podcast Quintal do Jazz.