Observei que naquela excepcional caixa de Zoot Sims tem umas gravações com Stan Levey. Para quem não sabe, Levey é um baterista de mão cheia. Daqueles que sabem que lugar de bateria é na cozinha. É ali que ela amarra tudo o que é feito pelos outros músicos da banda. É na cozinha que se prepara o molho, que deverá ser servido com moderação, na certa medida para não estragar o prato. Quando é chamado à sala, Levey não nega fogo e faz seu showzinho particular. O melhor de tudo é que eu tenho um disco do quinteto de Levey, que conta com um time para ganhar campeonato: Richie Kamuka (ts), Conte Candoli (t), Lou Levy (p) e Monty Budwig (b). Cada um deles só por ter participado desse disco merece uma estátua em praça pública (o melhor é que eles fizeram mais, mas isso é assunto para depois). Gravado na Califórnia, em 1957, esse é um disco para fazer os jazzófilos babarem. Deixarei a metade do disco: Stan still, Lover come back to me e Ole man rebop.
6 comentários:
Maravilha!
Não conheço essas gravações, mas só o fato de Kamuka e Lou Levy tocarem juntos já vale a audição.
Levy e Levey estiveram juntos naquele discaço da Ella Fitzgerald "Clap Hands, Here Comes Charlie", que ouço sempre que possível.
Valeu a postagem, camarada.
Parabéns pelo blog.
Onde você arranjou esse cd, CD? Adorei a versão de Lover come back... as alterações no andamento foram fantásticas. Você tem outros além desse?
Não tenho não. Apenas alguns do Levey como sideman.
Parabéns campeão, este é dos bom!!!
Não tenho esse cd e nenhum do baterista Stan Levey como líder.Parece q esse é o melhor dele.Tenho a sua imagem nos esporádicos depoimentos q ele prestou no documentário “Jazz” de Ken Burns.Por curiosidade, soube q ele abandonou a carreira de musico em 1960 pra se dedicar em tempo integral a de fotografo.Sua discografia em cd abriga, além desse titulo: Grand Stan de 56 (com Kamuca, Sonny Clark,Conte Candoli e o baixista Leroy Vinnegar).E This Time Drum on Me, de 55, com Dexter Gordon saindo de uma abstinência de gravação de 6 anos,Lou Levy,Conte Candoli,o fantástico Frank Rosolino e, novamente, o baixista Vinnegar.Edú
Retificando, após checar minhas informações: ele abandonou a musica em 73, pra cuidar de um negócio, hoje arcaico, uma loja de revelação de filmes e material fotográfico.Edú
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