segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Buster Williams's bass

O meu primeiro contato com o som do baixista Buster Williams foi através dos discos dos Crusaders. O fraseado fusion (smooth) era recheado de convenções que chamaram a minha atenção: groove balançante, com pitadas pop mas com uma técnica rebuscada. Depois, lá estava ele ao lado de Hancock, experimentando novas sonoridades. Posteriormente, observei que ele já tinha um costado que remontava ao início dos anos sessenta, ao lado de Ammons, Sttit, Nancy wilson e até com Miles. Seja elétrico, seja acústico, o baixo de Buster é, se me permitem o trocadilho, transbordante (burst). A sua discografia, como band leader só iniciou em 1975, depois de quinze anos de labuta como sideman. O disco que eu trago é o Griot libertè, de 2004, gravado com a companhia de George Colligan (p), Stefon Harris (marimba e vibrafone), Lenny White (b). Buster Williams se encarrega do baixo e do piccolo bass (aquele com som mais agudo). Das oito faixas, seis são de sua autoria; as outras duas são Ev'ry time we say goodbye (Porter) e Concierto de Aranjuez (Rodrigo). As composições de Buster são intensas e parecem destacar as sombras dos nossos sentidos. Não pense em sombrio, mas em profundo. Essa foi a minha impressão ao ouvi-lo, e você poderá conferir aqui (e não se assuste com os títulos das músicas): The triumphant dance of butterfly, The wind of an immortal soul e Ev'ry time we say goodbye.


4 comentários:

Anônimo disse...

Fantástica a musica Ev'ry time say Goodbye. Mui legal companheiro.

cd disse...

Realmente o clima de ev`ry time... produzido pela marimba (vibrafone?) é muito legal. quando eu peguei o disco e vi os títulos pensei: ih, mais uma rebarba da era do lsd. Me enganei.O disco é bastante interessante. Vinyl, eu só achei dispensável a faixa Concierto de Aranjuez. Depois de ouvir com Hall, Farmer, Miles e mais um monte de gente, a versão do baixo fica alguns furos abaixo. O trocadilho saiu sem querer.

Anônimo disse...

Recebeu influência direta do maior, pra Ray Brown e colaboro com sua opinião, baixista da história do jazz, Oscar Pettiford.Williams esteve no Brasil , quando o ví, no Chivas Jazz Festival de 2001, no privilegiado grupo do trombonista e tocador de conchas, Steve Turre.Javon Jackson, Victor Lewis,o extraordinário George Cables, completavam o quinteto.Mas prefiro sua participação no Sphere.Grupo que Kenny Barron,Buster Riley, Charlie Rouse ,após sua morte, substituído por Gary Bartz, organizaram pra homenagear Thelonius Sphere Monk.A inciativa do grupo surgiu quando receberam a noticia da morte de Monk no estúdio em q gravavam ,naquela hora, justamente, duas peças dele,dia 17 de fevereiro de 1982.Lenny White e Stefon Harris, que esteve no meio desse ano em São Paulo pra apresentações , uma delas com a Orquestra Jazz Sinfônica, já fazem parte de seu grupo fixo há mais de oito anos.Edú

Anônimo disse...

Estava considerando e talvez tenha sido muito inflexível:enquanto esteve vivo Pettiford foi o maior de seu tempo.O mesmo raciocino se aplica a Niels Orsted Pedersen, esse pelo menos tive a chance de vê-lo tocando algumas vezes.Edú