domingo, 21 de novembro de 2010

Oliver Nelson


Fim de tarde do domingo. Encerrei mais uns desenhos das belas velhinhas que conheci em Colatina e, satisfeito com o resultado, sentei-me para ouvir um pouco de música e degustar uma dose de Gentleman Jack.

Peguei na discoteca a minha mais recente aquisição: Taking care of business, um lp de Oliver Nelson gravado em 22 de março de 1960. Não se trata de um dos trabalhos experimentais do genial saxofonista. Encontra-se aqui um disco até bastante ortodoxo.

Fã confesso de Coltrane, Oliver inicia o disco com Trane whistle, uma homenagem ao seu herói. A agradável pegada bluesy do tema se irradia pelos seguintes - Doxy, Lou's good dues e In time (esta com incontestável influência coltraniana) - o que, para mim, é um excelente cartão de visita. Agradou-me bastante a interpretação da balada All the way, a qual Oliver inicia à capella, mostrando sua expertise como intérprete.

O trabalho conta com a participação de Lem Winchester (vibrafone), Johnny "Hammond" Smith (órgão), George Tucker (baixo) e Roy Haynes (bateria), que mantêm um clima mais que elegante em todas as faixas. Indico sem titubeios.

Link: Avax


8 comentários:

pituco disse...

salsa san,

resgate oportuno, sempre...vou curtir a radiola...valeô

abraçsons

Salsa disse...

Bem-vindo, embaixador. Ocidentais abraços.

PREDADOR.- disse...

Embora Oliver Nelson um músico e arranjador de primeira, este disco não é dos melhores. Winchester, um vibrafonista de "mão pesada" e um Johnny Hammond Smith (não confundir com Jimmy Smith) "pilotando" um orgão que não me agrada, acabam por piorar tudo, deixando Oliver Nelson tendo que se virar sozinho, o que aliás ele faz com muita competência. Prefiro os discos "Esculhambando o blues" mais conhecido como "Screamin' the blues", "Blues and the abstract truth" e "Meet Oliver Nelson": sem vibrafones, sem orgãos, que aqui entre nós, na maioria das vezes, enchem o saco.

Salsa disse...

Ah, Predador, não escutamos o mesmo disco. Achei que Winchester até que pega leve, explorando muito bem as pausas e a sonoridade do vibrafone. Johnny, por sua vez, agradou-me justamente porque não faz muitas presepadas e evita ataques furiosos nos seus teclados. Vais ficar de castigo - nada de pilhas de litio durante uma semana.

PREDADOR.- disse...

Procure escutar, mr.Salsa, os discos "Nocturne" e "Taking care of business", ambos tendo como líder Oliver Nelson, e você constatará a mão pesada do Winchester. Quanto a orgãos no contexto jazzístico, convenhamos, são bastante enjoativos, salvo raras exceções como Eddy Louiss e alguns álbums do mestre Jimmy Smith.

PREDADOR.- disse...

Acima onde disse para escutar os discos Nocturne e Taking care of business, logicamente não podia ser este último, objeto de seu comentário. Favor retificar para ... escutar "Nocturne" e "Winchester Special", este com Benny Golson.... Desculpe a nossa falha.

John Lester disse...

Nosso confuso amigo Predador precisa abandonar certas manias. Uma delas é observar apenas os contornos medonhos dos desastres.

O 'duo' de tenor e baixo já vale o álbum. Ouça o contrabaixo Predador!!!

Grande abraço, JL.

Salsa disse...

Pô, Lester, contornos medonhos do desastre é f***!