segunda-feira, 7 de junho de 2010

Quinta-feira cinza no Rio das ostras Jazz & Blues Festival

A tarde chuvosa da quinta-feira não afastou o público do palco da Lagoa de Iriry, aconchegante recanto onde o bluesman brasileiro André Christovam fazia sua apresentação. O público dizia ao que veio: queria festa.

À noite, no palco principal, a chuva retardou o início dos shows. Tudo parecia estar no lugar, mas a dispensável apresentação do grupo mineiro Plataforma C, que interpretou alguns standards de modo completamente burocrático, conseguiu me irritar. Qual o critério dos organizadores ao escalar esse grupo? Fiquei com a pulga atrás da orelha. Será que o nível do festival está descambando?

Para alívio meu e de muitos outros, o show do veterano Raul de Souza foi de primeira linha. A banda que o acompanhou mostrou competência e vigor, ressaltando o balanço peculiar à velha raposa da música instrumental brasileira, que se mostrou em plena forma ao pilotar seus instrumentos. Destaque-se a performance do baixista, dono de uma excelente e precisa pegada. Musicalmente falando, esse foi, para mim, o show da noite.

A segunda apresentação (a primeira foi desclassificada) foi do trio do guitarrista blueseiro Michael Landau. Os apreciadores do gênero, eu incluso, curtiram bastante a performance do power trio, que brindou a galera com temas antológicos como Up from the sky (Hendrix).

O terceiro show foi do baiano Armandinho que, pilotando o bandolin e a guitarra baiana, fez umas presepadas interessantes, abusando do cromatismo e da duração de sua apresentação, que previa a participação de Stanley Jordan. Quando o guitarrista entrou em cena já eram duas da madrugada, acompanhado por Mamão (bateria) e Dudu (baixo). Não me empolgou (o cansaço já atingia meus velhos ossos). Para não dizer que não gostei completamente, a interpretação de Eleanor Rigby proporcionada pelos dois guitarristas até que ficou bacana.

Quase três da madrugada, exaurido pela longa viagem e jornada musical, não consegui assistir o show da Rio Jazz Orchestra nem ouvir a bela Taryn cantar. Fui dormir e sonhar com a performance do trio formado por Mulgrew Miller, Carter e Mallone e com o quarteto de Joey Calderazzo, atrações do dia seguinte.

3 comentários:

figbatera disse...

ô Salsa, a Rio Jazz só iria tocar na noite seguinte...rs

Érico Cordeiro disse...

Tá ficando velho, mano... (rs, rs, rs). Três da manhã ainda é cedo demais!!!
Abração!!!!

Salsa disse...

Ambas afirmativas são verdadeiras.