A tarde chuvosa da quinta-feira não afastou o público do palco da Lagoa de Iriry, aconchegante recanto onde o bluesman brasileiro André Christovam fazia sua apresentação. O público dizia ao que veio: queria festa. À noite, no palco principal, a chuva retardou o início dos shows. Tudo parecia estar no lugar, mas a dispensável apresentação do grupo mineiro Plataforma C, que interpretou alguns standards de modo completamente burocrático, conseguiu me irritar. Qual o critério dos organizadores ao escalar esse grupo? Fiquei com a pulga atrás da orelha. Será que o nível do festival está descambando?
Para alívio meu e de muitos outros, o show do veterano Raul de Souza foi de primeira linha. A banda que o acompanhou mostrou competência e vigor, ressaltando o balanço peculiar à velha raposa da música instrumental brasileira, que se mostrou em plena forma ao pilotar seus instrumentos. Destaque-se a performance do baixista, dono de uma excelente e precisa pegada. Musicalmente falando, esse foi, para mim, o show da noite.
A segunda apresentação (a primeira foi desclassificada) foi do trio do guitarrista blueseiro Michael Landau. Os apreciadores do gênero, eu incluso, curtiram bastante a performance do power trio, que brindou a galera com temas antológicos como Up from the sky (Hendrix).
O terceiro show foi do baiano Armandinho que, pilotando o bandolin e a guitarra baiana, fez umas presepadas interessantes, abusando do cromatismo e da duração de sua apresentação, que previa a participação de Stanley Jordan. Quando o guitarrista entrou em cena já eram duas da madrugada, acompanhado por Mamão (bateria) e
Dudu (baixo). Não me empolgou (o cansaço já atingia meus velhos ossos). Para não dizer que não gostei completamente, a interpretação de Eleanor Rigby proporcionada pelos dois guitarristas até que ficou bacana.
Dudu (baixo). Não me empolgou (o cansaço já atingia meus velhos ossos). Para não dizer que não gostei completamente, a interpretação de Eleanor Rigby proporcionada pelos dois guitarristas até que ficou bacana. Quase três da madrugada, exaurido pela longa viagem e jornada musical, não consegui assistir o show da Rio Jazz Orchestra nem ouvir a bela Taryn cantar. Fui dormir e sonhar com a performance do trio formado por Mulgrew Miller, Carter e Mallone e com o quarteto de Joey Calderazzo, atrações do dia seguinte.
3 comentários:
ô Salsa, a Rio Jazz só iria tocar na noite seguinte...rs
Tá ficando velho, mano... (rs, rs, rs). Três da manhã ainda é cedo demais!!!
Abração!!!!
Ambas afirmativas são verdadeiras.
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