domingo, 27 de junho de 2010

Blues in trinity

Os meus amigos blogueiros Lester e Érico já falaram de montão sobre esse grande músico inglês que invadiu os EUA para mostrar que sabe muito de jazz: Dizzy Reece. Eu, como sempre, não me darei ao trabalho de fazer aquilo que os colegas já fazem com maestria: dissecar a vida e o estilo do camarada. Ater-me-ei a apresentar-lhes um bom disco do trompetista que, como destaca o encarte, não tem medo de soprar as chamas. Incendiário Reece.

O ano, 1958. O disco, Blues in trinity. O trio de frente reúne Reece, Byrd (trompetes) e Tubby Hayes (tenor). A cozinha fica ao encargo de Terry Shannon (piano), Lloyd Thompson (baixo) e Art Taylor (bateria).

Senhores, ouvi esse disco dezenas de vezes durante esse mês de julho. E ouço de novo, agora, enquanto digito essas poucas palavras. Hard bop de primeira, com sucessivos e magistrais solos de todos os componentes do grupo. Puxarei um pouco a brasa pro lado do excelente tenorista Tubby Hayes, que fez-me estacionar o carro para ouvir melhor as suas belíssimas construções. Isso, no entanto, é apenas a observação de um saxofonista - o fato é que o trio é daqueles que a gente não fica reticente para sapecar uma profusão de adjetivos.

Ouçam e atestem. Deixarei o disco inteiro rodando.

O link: Avax


9 comentários:

Érico Cordeiro disse...

Quero ver o Predador falar mal desse disco. Tenho a caixa da Mosaic, que congrega todos os álbuns do Reece pela Blue Note (os discos estavam fora de catálogo um tempão, não sei se já estão disponíveis).
Esse é genial e o Tubby Hayes, sobre quem o Sérgio falou nos comentários do jazzbarzinho há pouco tempo (e os amigos Apóstolo, Raffaelli e Predador complementaram e deram ótimas sugestões), é um grande saxofonista!
Abração!

Salsa disse...

Tenho outro muito bom (da safra blue note). Depois eu postarei.

pituco disse...

salsa san,

tô ouvindo a radiola aqui...depois da vitória do brasil...mood bacanudo mesmo.

coincidência esse lance de 'estacionar o carro'...também costumo parar tudo, até elevador, pra ouvir algo que me chame atenção...rs

minha esposa reclama pacas, qaundo numa determinada parte do filme eu comento sobre os arranjos da trilha sonora...hahaha

e o incendiário mr.reece sem pirotecnia...solos bacanudos mesmo do tenorista

abraçsons

Salsa disse...

Cara, isso pode ser perigoso. às vezes, no trânsito, vou tirando o pé do acelerador... só "acordo' quando a galera começa a businar. rs

figbatera disse...

Bom mesmo, hein !? Já estou baixando e ouvindo...

Salsa disse...

Figurinha premiada, Olney. É uma boa aquisição

Bruno Leão disse...

Excelente album. Gosto muito desse blog que mantém vivo o bom e velho jazz. Atualmente vejo uma profusão de modernismo que me cansa.

Salsa disse...

Valeu, Brunão. A idéia é essa: manter as fonte do jazz à vista (ou aos ouvidos)

PREDADOR.- disse...

Excelente este disco do Dizzy Reece, mr.Salsa. Também tenho a caixa da Mosaic que inclui esse álbum. Permita-me mandar um recado para mr.Cordeiro: só falo mal de músico e disco "porcaria", o que náo é o caso deste aqui postado.