segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Blues in trinity
Os meus amigos blogueiros Lester e Érico já falaram de montão sobre esse grande músico inglês que invadiu os EUA para mostrar que sabe muito de jazz: Dizzy Reece. Eu, como sempre, não me darei ao trabalho de fazer aquilo que os colegas já fazem com maestria: dissecar a vida e o estilo do camarada. Ater-me-ei a apresentar-lhes um bom disco do trompetista que, como destaca o encarte, não tem medo de soprar as chamas. Incendiário Reece.

Senhores, ouvi esse disco dezenas de vezes durante esse mês de julho. E ouço de novo, agora, enquanto digito essas poucas palavras. Hard bop de primeira, com sucessivos e magistrais solos de todos os componentes do grupo. Puxarei um pouco a brasa pro lado do excelente tenorista Tubby Hayes, que fez-me estacionar o carro para ouvir melhor as suas belíssimas construções. Isso, no entanto, é apenas a observação de um saxofonista - o fato é que o trio é daqueles que a gente não fica reticente para sapecar uma profusão de adjetivos.
Ouçam e atestem. Deixarei o disco inteiro rodando.
O link: Avax
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A piano heroe
Jazz, enfim.
O jovenzinho Carl Perkins, de Indianápolis, foi fazer sua carreira na ensolarada Califórnia. A sua história é marcada pela superação - acometido, na infância, pela implacável pólio, ficou com seqüelas em seu braço esquerdo. Isso o obrigou a desenvolver uma técnica particular para atacar os baixos. O fato é que seu som conquistou um espaço e tanto no cenário jazzístico.
Hoje estou ouvindo um pianista que faleceu com apenas 29 anos, um ano antes do meu nascimento. Vida breve, obra eterna.

O disco Introducing Carl Perkins, é o único gravado pelo pianista no formato trio. Acompanham-no Leroy Vinnegar (baixo) e Lawrence Marable (bateria). O resultado é de primeira e vocês poderão conferir na radiola (o disco inteiro).
Link: Avax
domingo, 20 de junho de 2010
Últimas impressões sobre Rio das Ostras Fest
Esperava, na sexta, que a minha viagem a Rio das Ostras fosse plenamente compensada. Enfim, a noite seria abrilhantada por novas e velhas estrelas do mainstream jazzístico. Até a chuva se recolheu, dando lugar à constelação que se anunciava no horizonte do palco principal: o trio formado por Mulgrew Miller, Ron Carter e Russell Mallone; logo depois viria o quarteto de Joey Calderazzo. Para este que vos tecla, a noite já estaria completa.
Desesperei. Fui para a frente do palco e, mesmo lá, apesar de ficar mais audível, persistia uma sonoridade sofrível (parecia que algumas caixas estavam "estourando", com aquele irritante sonzinho rachado. Minha garrafa de bom vinho ficou, repentinamente, avinagrado. Esperei que melhorasse para o segundo show.

Agora, fica a expectativa para o Tudo é jazz, em setembro.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Quinta-feira cinza no Rio das ostras Jazz & Blues Festival

À noite, no palco principal, a chuva retardou o início dos shows. Tudo parecia estar no lugar, mas a dispensável apresentação do grupo mineiro Plataforma C, que interpretou alguns standards de modo completamente burocrático, conseguiu me irritar. Qual o critério dos organizadores ao escalar esse grupo? Fiquei com a pulga atrás da orelha. Será que o nível do festival está descambando?


A segunda apresentação (a primeira foi desclassificada) foi do trio do guitarrista blueseiro Michael Landau. Os apreciadores do gênero, eu incluso, curtiram bastante a performance do power trio, que brindou a galera com temas antológicos como Up from the sky (Hendrix).
O terceiro show foi do baiano Armandinho que, pilotando o bandolin e a guitarra baiana, fez umas presepadas interessantes, abusando do cromatismo e da duração de sua apresentação, que previa a participação de Stanley Jordan. Quando o guitarrista entrou em cena já eram duas da madrugada, acompanhado por Mamão (bateria) e
Dudu (baixo). Não me empolgou (o cansaço já atingia meus velhos ossos). Para não dizer que não gostei completamente, a interpretação de Eleanor Rigby proporcionada pelos dois guitarristas até que ficou bacana.

Quase três da madrugada, exaurido pela longa viagem e jornada musical, não consegui assistir o show da Rio Jazz Orchestra nem ouvir a bela Taryn cantar. Fui dormir e sonhar com a performance do trio formado por Mulgrew Miller, Carter e Mallone e com o quarteto de Joey Calderazzo, atrações do dia seguinte.
domingo, 6 de junho de 2010
Rio das ostras 2010, uma odisséia.
Eu, encoberto pela tecnologia e pelo racionalismo galopante (o galopante, no caso, cai bem), não atentei para o prenúncio que representava a fumegante cabeça do frade*. Menos ainda quando o arco-íris cruzou a
estrada (inúmeros carros passaram por baixo e, quero não crer, pareceu-me que se transformaram em fusquinhas rosas!). Alguma coisa iria acontecer, mas, cego, preferi ver apenas o trivial que o frio discurso científico nos ensina.
Aguardem o próximo e emocionante capítulo de Rio das Ostras Jazz & Blues Festival - 2010, uma odisséia.
*Para visitantes de outras plagas: há, no sul do Espírito Santo, uma bela formação rochosa chamada O frade e a freira, facilmente visualizada por quem trafega pela Br 101. Contam algumas estórias envolvendo um certo romance proibido que, por ora, ficarei devendo aos amigos.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
De malas prontas
Exatamente às seis da manhã, eu partirei rumo a Rio das Ostras para mais uma jornada ludo-musical. Na bagagem, seis garrafas de bons vinhos, uma de jack, um tenor, um giga de jazz no mp3, e disposição para encarar a parada.
Antes de partir deixo-lhes um disco que, por vários motivos, me impressionou bastante. Em primeiro lugar, a concepção dos temas e os arranjos. Apesar de ter sido gravado em 1961, a linguagem ritmica e harmônica, em alguns momentos, soou-me bastante contemporâneo. Aliás, no quesito ritmo, a rapaziada caprichou. Nenhum tema é parecido com outro. Os temas são bastante ousados e, logo, um prato cheio para os devaneios do grupo. Enfim, é um disco nada monótono.

Curtam The unihorn, Bach an'all e By Jupiter
O link: Avax
Assinar:
Postagens (Atom)