A noite passada fez-me lembrar minha passagem pelo México na minha desenfreada busca pelo maço de Continental. Foi lá que fui forçado a repensar minha pretensa blindagem contra alimentos exóticos. A maldição de Montezuma me pegou morro a baixo. Triste passagem que ontem se avivou após almoço em um restaurante japonês.
Ainda convalescente (são 16:22h), tomei um chá com torradas e, movido pelo clima britânico, coloquei na vitrola o disco It's Morrissey, man!, gravado em 1961 pelo tenorista inglês Dick Morrissey e seu quarteto para o selo Fontana. O quarteto se completa com Stan Jones (piano), Malcolm Cecil (baixo) e Colin Barnes (bateria). Achei esse disco (e outro que apresentarei depois) no mercado de pulgas de São Francisco, na Califórnia.
Esse é o primeiro gravado por Morrissey. A sonoridade encorpada do seu tenor, acrescido de um vocabulário ultrafluente e temas em up tempo (os temas mais slow também são muitíssimo agradáveis), tornam esse disco um dos mais palatáveis que apreciei ultimamente. Pedreira pura, que quase me fez perder a cabeça e tomar uma dose do puro malte que está trancado no bar.
Deixarei três faixas para vocês avaliarem. Curtam a leitura de St Thomas e mais Cherry Blue e Happy feet.
O link: Avax
11 comentários:
Pauleira das boas!
Não conhecia a fera.
Mestre Salsa com a corda toda, apresentando artistas pouco conhecidos!
Também não conhecia o trabalho do Mr. Morrissey, mas é bem bacanudo!
Abração!
Ô¬Ô
Seu Salsa,
como foi prolífica esta sua epopéia Continental. Gosto muito do Morrison, é um músico de estilo. Movido por esta verve inglesa ouvirei agora mesmo um Tubby Hayes com Ronnie Scott. Scott? Tive o mesmo impulso que vc em direção ao bar. Enfim, muito boa lembrança Seu Salsa.
Érico, com certeza vc conhece sim o Dick Morrisey, só não está ligando o sopro à pessoa. Já o andou ouvindo nem que seja em discos do Pink Floyd ou do Peter Gabriel, por exemplo, em seus dias de roqueiro, enfim, não somos perfeitos.
Ô¬Ô
Rapaz, estava certo que havia escrito o que agora voltarei a escrever... Efeitos da temporada no México?
Bem, é verdade, mr. hotbeat, eu soube das incursões de Dick no cenário rock'n'roll e também fazendo um monte de fusion. Do Pink floyd eu não sabia. Lembro-me de um Dick Parry (ou algo assim) naquele disco do prisma.
Ô¬Ô
O Morrisey participou de alguns discos ao vivo com Floyd, No Dark Side foi o Dick Parry mesmo. Já com Peter Gabriel foram vários álbuns. Os fusions dele eu não suportei, ouvi uns 3 para não ser intolerante, mas não deu não. Este postado por vc é um primor.
Abraços
PS. Já recebeu o email do Érico com as minhas instruções a ele sobre a radiola? Qualquer dúvida me escreva hotbeatjazz@gmail.com
Ô¬Ô
Thanks a lot for posting the Dick Morrissey, I was a very good friend of his for many years and I know he would be pleased that people still enjoyed listening to his records.
Incidentally Dick had for many years a small house in Southern Portugal that he really enjoyed escaping to when he had a chance.
Best wishes
Keith
Nice to meet you, mr. keith. Morrissey is a great saxophonist e eu espero conhecer mais um pouco de sua obra.
Mr.Hot, eu recebi, sim. Valeu.
Ah! Gostei da resposta do Salsa ao Keith....rs
Eu também, Mr. Fig! Afinal, the book is on the table e viva o grande Joel Santana!!
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