sábado, 7 de abril de 2012

Jazz & Blues em Manguinhos


Os bons ventos sopram sobre o Espírito Santo.

Após vários anos, conseguiu-se, enfim, produzir um festival de jazz (ou jazz e blues, como queiram) em nossa bela terra. O local escolhido para esse primeiro encontro não poderia ser melhor: a praia de Manguinhos, bucólico recanto sito em Serra, a alguns minutos de Vitória. Não há como não congratular os envolvidos na produção do evento, pois, como costumamos dizer, parece que tem uma queixada de burro enterrada em algum lugar por aqui, emperrando quaisquer iniciativas.

A programação destaca atrações locais e algumas nacionais. Entre as locais, privilegiou-se a participação dos professores e alunos da Fames (faculdade de música, um dos patrocinadores), que, há pouco tempo, abriu as portas para a música popular e tem propiciado o surgimento de alguns talentos na arte musical. Obviamente, esse aspecto acabou por amarrar as mãos dos produtores, que não puderam incluir alguns nomes que, nos últimos anos, têm mantido acesa a chama do jazz no Espírito Santo (Zé Moreira, Fabiano Araújo e Wanderson Lopes, por exemplo). Prática que, segundo um dos organizadores, se esforçarão para não repetir no próximo ano.

Mas alguns jazzistas históricos foram incluídos: o trio formado por Afonso Abreu, Neneco e Grijó (que, infelizmente, não assisti); o guitarrista Gean Pierre (com alunos da Fames), o valente Trio 22 (Bruno, Fausto e Diego - que sempre estão na Lama mostrando o bom e velho jazz). Outro grupo que merece a atenção do público é o Brasilidade Geral, que se apresentará hoje (lá estarei para conferir os seus bem elaborados arranjos para sopros).

Não pude curtir completamente o som da sexta (os amigos do Big Bat blues band contaram com a participação de Jefferson Gonçalves, e deve ter sido bom - como sempre). Ouvi apenas o francês radicado em Vitória, Jeremy Naud, mais voltado para world music (a participação luxuosa de Wanderson Lopes acrescentou mais brilho à cena). A curiosidade ficou por conta do cantor popular local Carlos Papel (outro convidado de Naud), que arriscou arranjos com groove jazzy em duas de suas boas composições, mas, definitivamente, apesar de divertido, o jazz não é sua praia.


2 comentários:

Anônimo disse...

Jazz é Jazz, apesar e gostar muito do papel, você esacoberto de razão alsa, Jazz é Jazz. Não me venhas com parece, mas não é, também não aceito este tipo de atitude. Nos veremos hoje lá, se Deus quiser. MPBJAZZ

pituco disse...

salsa san,

o jazz vai retomando seu fôlego aí em manguinhos...e no blog também...

abrsonoros e segue o som
em tempo. feliz páscoa