sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Blues & Neon



Compus esse tema em 1987, com a ajuda harmonizadora de Danilo Diniz. Eu a interpretei algumas vezes com os amigos da banda Urublues (Vitória, ES) no inicio dos anos noventa, creio. Mas, depois disso, a musica ficou esquecida no armário. 

Como já estou chegando à terceira idade, resolvi gravar minhas músicas. Contei com a ajuda do guitarrista e arranjador Fernando Vieira, que recuperou o clima original. Grato, maestro.

O som foi gravado no Estúdio Ventura, do pianista Bruno Venturim, no dia 31/11/2015.


O vídeo foi feito com celular. As imagens das ruas e cidades foram baixadas do Youtube.
Edição minha :)



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

The Grateful Dead





Estou assistindo o documentário The other one, sobre o trajeto do guitarrista Bob Weir na psicodélica banda Grateful Dead e, principalmente, sua amizade com Garcia. Os meninos, movidos a lsd, embarcaram numa viagem muito louca, ao lado do beat Neal Cassidy, influenciando toda uma geração. Muito legal ouvir depoimentos, histórias, e ver cenas fantásticas do final dos anos sessenta e dos anos setenta. Mais legal ainda é ver como os camaradas criam suas canções, suas concepções sobre a música.
Deixo, para vosso deleite, o lp Workingman's dead, de 1970. Se quiser baixar, pode usar o clipconverter.cc, site que facilita a operação

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Coltrane changes

Vez e outra, no título de seus lps, Coltrane brinca com as palavras, joga com o sentido destas, propiciando diversas leituras. Coisa de jazzista, de criador. Brincar com a homofonia entre train e trane é um desses momentos. O lp, no caso, é Blue train, de 1957 (aliás, não sei se foi ele mesmo quem batizou seus discos, mas se não foi ele, foi alguém que embarcou na sua viagem). Trem azul, Trane triste, polissemia que, enfim, Coltrane explora em seus solos, transforma em música nos seus famosos "changes", "Coltrane changes", que se tornaram objeto de estudo obrigatório para todos que pensam em tocar jazz
Esse lp contém um dos standards coltraneanos mais executados pelos jazzistas nos botecos espalhados pelo mundo: justamente a faixa título - Blue train. Observem como Trane constrói seus solos, alternando tom menor e maior. Outro tema bom de tocar é Lazy bird, mas que a galera não toca muito (pelo menos os meus conhecidos). 
O disco completo está disponível no youtube. Quem quiser baixar pode usar o clipconverter.cc, conversor online de fácil manuseio. Deleitem-se:
https://youtu.be/VIpNrRCI48E  

domingo, 27 de setembro de 2015

Japa!

Há algum tempo, um ou dois anos, quiçá três, passando por Vila Velha, república vizinha a Vitória, ouvi uma japinha cantando. Visceral, encanta a platéia - eu, incluso. Fominha, sem pedir licença, toquei com o grupo. Desde então, sempre que possível, vou vê-la e ouvi-la. Seu nome: Yumi Hirose. Pitonisa do oráculo de São Roquenrou.

Aqui, meu tributo à musa:



Dexter Gordon - The Panther!







Dexter Gordon é um dos tenoristas que mais me agradam. Seu sopro expressivo, rascante, guarda um certo lirismo que me impressiona (outros há com esse traço - Rollins, por exemplo). Enquanto escrevo, estou ouvindo o lp The Panther.  Discaço. Ladeando mr. Gordon estão Tommy Flanagan (piano), Larry Ridley (baixo) e Alan Dawson (bateria).



A faixa título, do próprio Dexter, já dá aquela vontade louca de tocar. Segue a insofismável Body and soul, em que nosso herói constrói um improviso bastante interessante (principalmente no final, quando toca vários compassos sozinho). Valse Robin, como já diz, é uma valsa - daquelas que consegue acalentar os demônios. Mrs Miniver deve ser uma pessoa bastante legal. O tema com seu nome é alto astral e preserva uma boa dose de elegância e leveza (gostaria de conhecê-la). Como o natal se aproxima, a próxima canção pode fazer parte da trilha sonora do jantar com os amigos e familiares: Christmas song. Para encerrar, Dexter saca o tema Blues Walk, de Lou Donaldson, outra que joga o astral lá em cima. Vale a aquisição.

Quem estiver duro e não puder comprar o lp, há a alternativa de usar um dos programinhas para baixar do youtube (a qualidade do som não é a mesma, mas dá pra segurar a onda até entrar a grana para a compra) - eu uso o Clipconverter.cc 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Tom Waits

Tom waits é uma alma indômita. Iconoclasta por excelência, suas letras abordam, sempre com uma boa dose de ironia, o cotidiano e os valores de sua sociedade. Sua música não se prende a estereotipias estilísticas - usa tudo que está ao seu alcance (jazz, blues, folk etc), gerando uma sonoridade peculiar. Deixo um dos primeiros discos desse sardônico cronista urbano para vosso deleite: The Heart Of Saturday Night
Obviamente, quem gostar, pode baixar o santo. Todos devem  conhecer sites que facilitam o download direto do youtube. Eu gosto do http://www.clipconverter.cc.


Meus amigos músicos: Josias

Conheci esse cabra há alguns anos, em Vitória. Engenheiro e, antes de tudo, músico. Ele estava em dúvida, na época, se se dedicaria à música. Meu voto foi e continua sendo a favor. Pouco depois, ele se mudou para o Rio e por lá ficou. Hoje, roda o mundo a tocar as coisas lindas que a Música nos legou. 

Eu, músico amador, adoro tocar acompanhado por um baixo acústico. Josias toca. Muito. Seu feeling, sua segurança e generosidade permitiam a esse descarado saxofonista errar à vontade. Ele sempre dava um jeito de acertar as coisas. Agradeço a sorte de um dia ter podido tocar ao seu lado.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Minha banda de blues

Ouve aí no link. Solo bacana do guitarrista Robson "Rusty"Calefi
Blue Notes: have you ever loved a woman

Como cuidar de um quintal?

Resolvi dar uma passadinha para ver se meu quintal ainda estava no lugar. Está. Abandonado, mas está. Grama alta, ervas daninhas invadindo os espaços, mofo nas parede...
Há muito planejava um retorno. Queria usá-lo como se deve usar um quintal: criando, reunindo, guardando coisas que se gosta. No meu caso, música (jazz, roquenrou, mpb, clássico e o que mais vier e assalte esse velho coração), arte (literatura, pintura, arquitetura, escultura), minhas noites (esbórnias variadas)e motos & viagens (de moto, obviamente).
Jam com Big Bat Blues Band
Amiga cantora

Amiga cantora minimalista

My shadow

Minha estrela da meia-noite


moto de um amigo



  

domingo, 2 de junho de 2013

Sábado - Última noite em RDZ 2013

A noite passada foi longa. Fui tocar o bom e velho roquenrou com amigos. Antes que o sol me incomodasse, fui dormir para poder tocar blues mais à tarde. À noite, em nome do jornalismo verdade, fui assistir o som da última noite do palco principal.
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Will Calhoun abriu a noite com o standard hardbop Afro blue, de Mongo Santamaria (durante muito tempo achei, pelo estilo, que  era coisa de Coltrane). Fiquei animado. A adrenalina afastou o cansaço da longa jornada off festival. O baterista e band leader mostrou que sua técnica é realmente impressionante. Mas ficou por aí. O som seguiu a linha mais contemporânea, explorando efeitos eletrônicos, que poderia ter sido mais equilibrado pela presença do saxofonista smooth Donald Harrison (um tipo de Leo Gandelman). Mas não foi.
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Em seguida, foi a vez do power trio do guitarrista Scott Henderson despejar uma avalanche sonora sobre a platéia.  Destaque-se seu vasto repertório de patterns e frases que usou sem dó nem piedade nos seus longos solos. Os jovens guitarristas de plantão curtiram bastante seu roquenrou jazzy.
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O ovacionado baixista Victor Wooten veio em seguida trazendo seu groove carregado de hip-hop, funk e soul. O tema de abertura (com quatro baixos) foi prejudicado por problemas na sonorização. Falha lamentável. Wooten usou e abusou dos malabarismos com seu instrumento (a galera adora ver piruetas), mas também mostrou suas inovações técnicas no espancamento das cordas. Ao seu lado, Steve Bailey também mostrava serviço com seu baixo de seis cordas (e com o trombone verde). Destaque-se a participação de Krystal Peterson, a loirinha tatuada e dona de bela voz, que se saiu bem interpretando Steve Wonder. 
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A noite foi encerrada por Lucky Peterson que, para os apreciadores do blues, foi quem roubou a cena. Eu ainda fico com Stanley Clarke e, depois, Christian Scott.