terça-feira, 30 de dezembro de 2008

So long, Freddie


Quando abri, há pouco, as páginas da web que costumo visitar (jazzseen, blog do Grijó e outras) li mais um necrológio. Mais uma estrela une-se à constelação que formou-se no céu durante esse ano de 2008. Morreu Hubbard, trompetista de poucos pecados, se é que foram.


Ouço agora um disco (na verdade são dois) gravados no clube San Francisco's Keystone Korner. Afirma o encarte que o boteco é próximo a uma infame esquina da Broadway e Columbus e que lá é lugar para se ouvir música de verdade. E não podia ser de outro modo. Esses lugares, próximos a regiões proibidas, átrio entre-mundos, são os lugares por onde trafegam os heróis. E Hubbard obviamente lá deixou sua marca. Não chega a ser o melhor dos seus trabalhos, mas é uma boa lembrança. Pedreira sonora.


Deixarei os volumes I & II, gravados nos dias 27 e 28 de novembro 1981. Com ele estão Joe Henderson, Hutcherson, Billy Childs, Larry Klein e Steve Houghton.


Link here & here

7 comentários:

Anônimo disse...

Perda lamentável, um dos "últimos moicanos" que tiveram uma bela passagem pelos caminhos do jazz. Vida que segue.
Feliz Ano Novo para todos e um 2009com saúde, paz e muito jazz.

Unknown disse...

Salsíssimo: não foi só o Freddie Hubbard que se foi nesse ano. Tb partiram nomes do calibre de Teo Macero, Neal Hefti, Joe Beck, Hiram Bullock, Johnny Griffin, J.T. Meirelles, Jimmy McGriff, Miriam Makeba, Ray Ellis, Jimmy Giufree, Esbjorn Svensson, Buddy Miles, Pete Candoli e Araken Peixoto, entre ttos outros.

Salsa disse...

Wiiiilllson, até que enfim concedeu um pouco de sua presença aqui no quintal. Aparece mais camarada. Mas é issso mesmo, morreu uma constelação inteira de astros. Vamos ver se quem fica não deixa a peteca cair.
João, seu furão,
Aguardei você e a cambada do clube, e nada! A sessão de ontem foi muito boa. Firmino apareceu com o trompete e rolou uma jam daquelas. Dia seis acontecerá a última com o lusitano Sérgio Gomes e Matosão.

Sergio disse...

Caramba, o problema de citar tantas perdas é q corre-se o risco de esquecer algumas das mais importantíssimas.

Salsa, vc lembra o quão puto q fiquei quando da morte da Tânia Sher a Globo não ter dado uma nota se quer - claro q ela não tem nada a ver com música ou jazz, mas cs já vão entender - pois não é q na retrospectiva do Globo Repórter eles deram o maior destaque a ela. E é aí q vc entende: em (des)compensação, tanto o amigo Wilson aqui, como a Globo lá esqueceram de citar Isaac Hayes. Imperdoável, claro, mais lá do que aqui.

Salsa disse...

Eu também morri um bocado esse ano.

Anônimo disse...

Wilson custou, mas quando veio foi completamente funesto: "matou" logo uma porção de músicos e cantores, muitos deles ligados ao jazz. Matou foi,logicamente, força de expressão, mas a informação das mortes de Neal Hefti, Johnny Griffin, Meirelles, Pete Candoli e Jimmy Giuffre foi uma surpresa para mim, realmente não sabia. Vida que segue.
Também não sabia, sr.Salsa, de sua apresentação com o Firmino, no dia 30.12. Nem eu nem ninguém do clube. Voce não apareceu na reunião, pensamos que estivesse de folga. Dia 6,se Deus quizer estaremos lá, para assistirmos sua performance junto com Sergio Portugues e Matosão. É isso.

Anônimo disse...

Luiz, feliz 2009 para você e para o Quintal do Jazz. beijos. Kati.